O tema do Relatório do Banco Mundial sobre o Desenvolvimento Mundial de 2011 é Conflito, Segurança e Desenvolvimento.
Ele está disponível em PDF em Português no link:
http://wdr2011.worldbank.org/sites/default/files/pdfs/WDR_Overview_Portuguese.pdf
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Análise Cross-section
Uma análise Cross-section é como uma "fotografia" do fenômeno que se mede, que se observa. Não revela tendências no tempo, mas apenas o estado atual do que se é estudado.
sábado, 17 de setembro de 2011
Respostas dos exercícios de Finanças Corporativas do professor Bruno Fuchal do ano de 2011.
Respostas dos exercícios de Finanças Corporativas do professor Bruno Fuchal do ano de 2011.
Se encontrar qualquer erro ou sugestão, por favor envie um comentário.
Seguem os links para as respostas no meu blog:
- Lista 1: http://lucastrfreitas.
blogspot.com/2011/09/financas- corporativas-lista-de.html - Lista 2: http://lucastrfreitas.
blogspot.com/2011/09/financas- corporativas-lista-de_11.html - Lista 3: http://lucastrfreitas.
blogspot.com/2011/09/ exercicios-de-financas- corporativas_14.html - Lista 4: http://lucastrfreitas.
blogspot.com/2011/09/ exercicios-de-financas- corporativas.html - Riscos, coeficiente Beta e CAPM: http://lucastrfreitas.
blogspot.com/2011/09/riscos- coeficiente-beta-e-capm.html
Os arquivos também podem ser baixados em formato PDF pelos links abaixo:
- Lista 1: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0Bwj7k5H37-tDZWRlY2M2MGMtZjY1OS00YzdmLWIzMjAtMTYzZGExNDJlZmI0&hl=en_US
- Lista 2: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0Bwj7k5H37-tDYjc1NDc4YjEtMGViZS00MjBiLWE0MDMtOGUzOWU1MjI4OTkx&hl=en_US
- Lista 3: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0Bwj7k5H37-tDOGE5Y2YyYjItOTA2Mi00MzQ0LTkxZWYtZDhkZTU3OWE2Mjgw&hl=en_US
- Lista 4: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0Bwj7k5H37-tDZDA2YzFlMmQtMjU3MC00NTYyLWFlMDYtNTFkOTM2NDI2M2E2&hl=en_US
- Riscos, coeficiente Beta e CAPM: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0Bwj7k5H37-tDMGQ0NDAwZTktZTAwMC00YTBmLTk2ODgtZGEyYzVjZTYxY2Y3&hl=en_US
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Exercícios de Finanças Corporativas - Lista 3
Exercícios de Finanças Corporativas "Lista 3" - Prof. B. Funchal
Questão 1
Parte 1
Dados dois projetos X e Y, sabendo que os fluxos de caixas de cada projeto são respectivamente:
Projeto X => -200, -25, 360
Projeto Y => -200, 180, 120
E que a taxa de retorno do investimento é 13%, calcule:
a) O valor presente líquido de cada projeto
Resolução:
- Projeto X:
- Cálculo do VPL pela calculadora HP:
- -200 g CF0
- -25 g CFj
- 360 g CFj
- 13 i
- f NPV
- E(VPLx) = 59,80891
- Projeto Y
- Cálculo do VPL pela calculadora HP
- -200 g CF0
- 180 g CFj
- 120 g CFj
- 13 i
- f NPV
- E(VPLy) = 53,26964
b) A TIR Modificada de cada projeto
Resolução:
A TIR Modificada é calculada assumindo-se apenas um fluxo de caixa no início do projeto e um fluxo de caixa no término do projeto. Assim, deve-se levar a valor futuro (no fim do projeto) os fluxos do tempo 1 em diante até a data final do projeto. Usando a calculadora financeira HP tem-se:
- Projeto X:
- Valor futuro do fluxo de caixa do ano 1 no tempo 2:
- -25 CHS PV
- 13 i
- 1 n
- FV
- Valor futuro do fluxo de caixa do ano 1 no tempo 2 = -28,25
- Valor do Fluxo de caixa do ano 2 = 360 (não é necessário levá-lo a valor futuro porque ele já está no término do projeto)
- Fluxos de caixa recebidos em valor futuro (ao fim do projeto)
- Fluxos de caixa em valor futuro = Valor futuro do fluxo de caixa do ano 1 no tempo 2 + Fluxo de caixa do ano 2 = -28,25 + 360 = 331,75
- Cálculo da TIR Modificada:
- -200 g CF0
- 0 g CFj
- 331,75 g CFj
- f IRR
- TIRmx = 28,79247
- Projeto Y:
- Valor futuro do fluxo de caixa do ano 1 no tempo 2:
- 180 CHS PV
- 13 i
- 1 n
- FV
- Valor futuro do fluxo de caixa do ano 1 no tempo 2 = 203,40000
- Valor do Fluxo de caixa do ano 2 = 120 (não é necessário levá-lo a valor futuro porque ele já está no término do projeto)
- Fluxos de caixa recebidos em valor futuro (ao fim do projeto)
- Fluxos de caixa em valor futuro = Valor futuro do fluxo de caixa do ano 1 no tempo 2 + Fluxo de caixa do ano 2 = 203,40000 + 120 = 323,40000
- Cálculo da TIR Modificada:
- -200 g CF0
- 0 g CFj
- 323,40000 g CFj
- f IRR
- TIRmy = 27,16131
Resolução:
Resumo:
VPLx = 59,80891
VPLy = 53,26964
TIRmx = 28,79247
TIRmy = 27,16131
O projeto a ser implementado deve ser o Projeto X, pois é o que apresenta o maior VPL e a maior TIRm.
Parte 2
Considerando que os projetos acima apresentem incerteza quanto a realização do fluxo de caixa conforme abaixo:
Projeto X:
Investimento Inicial (200)
Ano 1
Ruim (0,5) -------------------- Bom (0,5)
-100 ---------------------------- 50
Ano 2
Ruim (0,5) ---- Bom (0,5) ------ Ruim (0,5) ---- Bom (0,5)
180 ---------- 540 ------------ 200 ---------- 520
Projeto Y:
Investimento Inicial (200)
Ano 1
Ruim (0,5) -------------------- Bom (0,5)
60 ---------------------------- 300
Ano 2
Ruim (0,5) ---- Bom (0,5) ------ Ruim (0,5) ---- Bom (0,5)
60 ---------- 180 ------------ 50 ---------- 190
a) Calcule os VPL's esperados de cada projeto.
Resolução:
- Projeto X:
- VPLxBB:
- -200 g CF0
- 50 g CFj
- 520 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLxBB = 251,48406
- VPLxBR:
- -200 g CF0
- 50 g CFj
- 200 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLxBR = 0,87712
- VPLxRB:
- -200 g CF0
- -100 g CFj
- 540 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLxRB = 134,40363
- VPLxRR:
- -200 g CF0
- -100 g CFj
- 180 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLxRR = -147,52917
- E(VPLx) = PBB . (VPLxBB) + PBR . (VPLxBR) + PRB . (VPLxRB) + PRR . (VPLxRR)
- E(VPLx) = (0,5 . 0,5) . (251,48406) + (0,5 . 0,5) . (0,87712) + (0,5 . 0,5) . (134,40363) + (0,5 . 0,5) . (-147,52917)
- E(VPLx) = 59,80891
- Projeto Y:
- VPLyBB:
- -200 g CF0
- 300 g CFj
- 190 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLyBB = 214,28460
- VPLyBR:
- -200 g CF0
- 300 g CFj
- 50 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLyBR = 104,64406
- VPLyRB:
- -200 g CF0
- 60 g CFj
- 180 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLyRB = -5,93625
- VPLyRR:
- -200 g CF0
- 60 g CFj
- 60 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLyRR = -99,91385
- E(VPLy) = PBB . (VPLyBB) + PBR . (VPLyBR) + PRB . (VPLyRB) + PRR . (VPLyRR)
- E(VPLy) = (0,5 . 0,5) . (214,28460) + (0,5 . 0,5) . (104,64406) + (0,5 . 0,5) . (-5,93625) + (0,5 . 0,5) . (-99,91385)
- E(VPLy) = 53,26964
b) Sem considerar o risco, qual projeto você escolheria para implementar?
Resolução:
Resumo dos VPL's:
- E(VPLx) = 59,80891
- E(VPLy) = 53,26964
E(VPLx) = 59,80891 > E(VPLy) = 53,26964
Como o valor esperado do VPL (valor presente líquido) do Projeto X é maior que o VPL do Projeto Y, o projeto a ser implementado deve ser o Projeto X, por oferecer maior retorno.
c) Considerando que exista uma opção de desfazer do Projeto X no final do 1º ano por $250, você mudaria sua opinião quanto ao projeto escolhido?
Resolução:
Caso exista uma opção de venda para o Projeto X no final do ano 1, a árvore de decisão mudaria. Substituindo o pior galho do ano 1 pelo valor da opção de venda ($250), pode-se calcular o novo VPL do Projeto X com a opção de venda (VPLxVENDA):
Projeto X com opção de venda no fim do ano 1:
Investimento Inicial (200)
Ano 1
Opção de venda (0,5) --------------- Bom (0,5)
$250 ------------------------------- 50
Ano 2
Projeto X foi vendido --------------------- Ruim (0,5) ---- Bom (0,5)
Fluxo de caixa no ano 2 = 0 ------------- 200 ---------- 520
Calculando o E(VPLxVENDA):
- Projeto X:
- VPLxBB:
- -200 g CF0
- 50 g CFj
- 520 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLxBB = 251,48406
- VPLxBR:
- -200 g CF0
- 50 g CFj
- 200 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLxBR = 0,87712
- VPLxVENDA:
- -200 g CF0
- 250 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLxVENDA = 21,23894
- E(VPLxVENDA) = PBB . (VPLxBB) + PBR . (VPLxBR) + PVENDA . (VPLxVENDA)
- E(VPLx) = (0,5 . 0,5) . (251,48406) + (0,5 . 0,5) . (0,87712) + (0,5) . (21,23894)
- E(VPLxVENDA) = 73,709765
Resumo dos VPL's:
- E(VPLy) = 53,26964
- E(VPLx) = 59,80891
- E(VPLxVENDA) = 73,709765
E(VPLxVENDA) = 73,709765 > E(VPLx) = 59,80891 > E(VPLy) = 53,26964
Como o VPL (Valor Presente Líquido) do Projeto X era maior do que o VPL do projeto Y, ele já era o projeto escolhido. Como o VPL do Projeto X aumenta com a opção de venda ele deve ser mantido como escolha de investimento.
Questão 2
Uma empresa X obteve um lucro operacional de $500bi, possui uma dívida de $200bi, pagando juros a taxa de 12%, sabendo que a empresa tem a taxa de retorno requerida pelo acionista de 16%, que a expectativa de crescimento da firma é de 4% e que a taxa de IR é de 40%. Pede-se:
a) Valor do total de ações.
b) Valor total de mercado.
c) Valor do preço por ação.
d) Calcule o WACC da firma.
Resolução a):
O valor total das ações pode ser calculado da seguinte forma:
S = (LAJIR - D . Kd) . (1 - IR) / (Ks - g)
Onde:
LAJIR = Lucro antes dos juros e imposto de renda
D = valor total da dívida (capital de terceiros)
Kd = taxa de juros da dívida
IR = taxa do imposto de renda
Ks = taxa de retorno requerida pelo acionista
g = taxa de crescimento dos lucros e dividendos
S = (500bi - 200bi . 0,12) . (1 - 0,40) / (0,16 - 0,04) = 2380bi
Resolução b):
V = S + D
Onde:
V = Valor total da empresa
S = Valor da empresa com os stockholders/shareholders (capital próprio)
D = Capital de terceiros (dívida)
Logo:
V = 2380bi + 200bi = 2580bi
Preço por ação = S / n = D1 / (Ks-g)
Onde:
S = Valor da empresa com os stockholders/shareholders (capital próprio)
n = número de ações
D1 = Dividendo do período seguinte
Ks = Taxa requerida pelo acionista
g = taxa de crescimento dos lucros e dividendos
Como não foram informados o número de ações nem o valor do dividendo D1, não é possível calcular o preço da ação.
Resolução d):
WACC = (D/V) . Kd . (1 - IR) + (S/V) . Ks
Onde:
D = dívida da empresa
S = valor do capital próprio (capital dos stockholders/shareholders)
V = Valor total da firma
Kd = taxa de juros da dívida
IR = taxa de imposto de renda
Ks = taxa de retorno requerida pelos acionistas
Logo:
WACC = (D/V) . Kd (1 - IR) + (S/V) . Ks
WACC = (200 / 2580) . 0,12 . (1 - 0,40) + ( 2380 / 2580) . 0,16 = 0,153178294 ≈ 15,32%
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Exercícios de Finanças Corporativas - Lista 4
Exercícios de Finanças Corporativas ("Lista 4") - Prof. B. Funchal
Questão 1:
Defina e descreva:
- A diferença do Risco Isolado, Risco Corporativo e Risco de Mercado
- CAPM (Capital Asset Pricing Model)
- APT (Arbitrage Pricing Theory)
Resolução:
- A diferença entre Risco Isolado, Risco Corporativo e Risco de Mercado é dada pela abrangência de cada tipo de risco:
- o Risco Isolado é o risco de um projeto específico ou de um setor específico da firma;
- o Risco Corporativo é composto pelos riscos dos vários setores e projetos da firma;
- o Risco de Mercado é o risco que afeta em maior ou menor grau, positiva ou negativamente, uma grande quantidade de empresas do mercado, não atingindo apenas um setor ou projeto específico.
- CAPM:
- CAPM é um modelo de precificação de ativos. A partir do Coeficiente Beta de cada empresa (que é uma medida das oscilações entre o preço do ativo e o mercado como um todo) o CAPM estima a qual taxa os investidores devem ser remunerados pelo risco que correm ao adquirir determinado ativo. A fórmula do CAPM é dada por:
- Ks = Kf + β (Km - Kf)
- Ks = Taxa de retorno requerida pelos investidores
- Kf = Taxa de remuneração de um investimento considerado como "livre de risco"
- Km = Taxa média de retorno dos investimentos no mercado
- β = Coeficiente Beta da empresa = COV (ativo, mercado) / VAR (mercado)
- APT:
- APT é um modelo de precificação de ativos que leva em consideração fatores como o PIB, inflação e taxa de juros. Cada fator pode influenciar os resultados da empresa de forma diferenciada. Essa influência de cada fator é indicada por um coeficiente Beta específico. Haverá tantos betas quantos forem os fatores a serem analisados.
Questão 2:
A companhia Vale do Rio Doce está passando por um período de recessão. É esperada uma taxa de crescimento nos lucros e nos dividendos de -5% durante os próximos 2 anos, porém, daí em diante uma taxa de crescimento estabilizando em 7%. Seu último dividendo foi de $2,10 e a taxa de retorno requerida sobre a ação é de 11%.
a) Calcule o valor da ação hoje.
Resolução:
Esse problema requer um cuidado especial. Como há duas taxas de crescimento para os lucros e dividendos, uma para os primeiros 2 anos e outra para após os 2 primeiros anos, o fluxo de dividendos deverá ser precificado de forma separada: uma precificação para os dividendos abrangidos pela primeira taxa de crescimento dos lucros e dividendos e outra para os dividendos sob influência da segunda taxa de crescimento. O preço da ação é dado pelo valor de todo o fluxo de dividendos, ou seja, pelo custo de aquisição do fluxo de dividendos.
g1 = Taxa de crescimento dos lucros e dividendos nos 2 primeiros anos = -5%
g2 = Taxa de crescimento dos lucros e dividendos após os 2 primeiros anos = 7%
D0 = Dividendo incial = $2,10
Ks = taxa de retorno requerida sobre a ação = 11%
Ao comprar a ação hoje, ou seja, no tempo zero (0), receberemos o seguinte fluxo de dividendos:
- D1 + D2 + D3 + D4 + D5 + ... (O recebimento de dividendos e lucros se dará enquanto a firma existir ou as condições políticas/sociais permitirem. É importante ressaltar que D0 não é recebido pelo comprador, pois já foi distribuído previamente, sendo utilizado apenas para a estimativa do fluxo futuro de dividendos).
Logo, o preço da ação deverá ser calculado considerando-se o fluxo de dividendos e as diferentes taxas de crescimento dos lucros e dividendos:
- Como g1 abrange os dividendos D1 e D2, tem-se:
- D1 = D0 . (1 + g1) = 2,10 . [1 + (-5%)] = $1,995
- D2 = D1 . (1 + g1) = D0 . (1 + g1) . (1 + g1) = 2,10 . [1 + (-5%)] . [1 + (-5%)] = $1,89525
- Como os dividendos D3, D4, D5 e demais dividendos tem crescimento conforme g2, tem-se:
- D3 = D2 . (1 + g2) = 1,89525 (1 + [7%]) = 2,0279175
- D4 = D3 . (1 + g2) = 2,0279175 (1 + [7%]) = 2,169871725
- D5 = D4 . (1 + g2) = 2,169871725 (1 + [7%]) = 2,321762746
- E assim por diante.
- A ação será precificada conforme os dois diferentes fluxos de dividendos. Para tanto, devemos trazer a valor presente os dividendos D1 e D2, do primeiro fluxo de dividendos (relacionados a g1), e precificar os demais dividendos relacionados à taxa de crescimento constante g2.
- Valor presente de D1:
- Calculando através da calculadora financeira HP:
- $1,995 CHS FV
- 1 n
- 11 i
- PV
- Valor presente de D1 = $1,79730
- Valor presente de D2:
- Calculando através da calculadora financeira HP:
- $1,89525 CHS FV
- 2 n
- 11 i
- PV
- Valor presente de D2 = $1,53823
- Preço do fluxo de dividendos relacionado à taxa de crescimento constante g2:
- P2 = D3 / (Ks - g2)
- P2 = 2,0279175 / [(11%) - (7%)] = $50,6979375
- Trazendo P2 a valor presente através da calculadora financeira HP, tem-se:
- 50,6979375 CHS FV
- 2 n
- 11 i
- PV
- Valor presente de P2 = $41,14758
- O preço atual da ação é dado por:
- P0 = Valor presente de D1 + Valor presente de D2 + Valor presente de P2
- P0 = $1,79730 + $1,53823 + $41,14758
- P0 = $44,48311
Resolução:
Ao precificar a ação no tempo 1, deve-se considerar o recebimento do seguinte fluxo de dividendos:
- D2 + D3 + D4 + D5 + ... (É importante ressaltar que D1 não é recebido pelo comprador do ativo, pois já foi distribuído previamente).
Como há duas taxas de crescimento dos lucros e dividendos, g1 e g2, o ativo será precificado conforme o valor presente (no tempo 1) dos fluxos:
- Valor presente de D2 (no tempo 1):
- Calculando através da calculadora financeira HP:
- $1,89525 CHS FV
- 1 n
- 11 i
- PV
- Valor presente de D2 (no tempo 1) = $1,70743
- Preço do fluxo de dividendos relacionado à taxa de crescimento constante g2:
- P2 = D3 / (Ks - g2)
- P2 = 2,0279175 / [(11%) - (7%)] = $50,6979375
- Trazendo P2 a valor presente (no tempo 1) através da calculadora financeira HP, tem-se:
- 50,6979375 CHS FV
- 1 n
- 11 i
- PV
- Valor presente de P2 (no tempo 1) = $45,67382
- O preço da ação no tempo 1 é dado por:
- P1 = Valor presente de D2 (no tempo 1) + Valor presente de P2 (no tempo 1)
- P1 = $1,70743 + $45,67382
- P1 = $47,38125
Questão 3:
Você, como analista de investimentos da Saturn Corporation, precisa analisar dois projetos potenciais distintos (X e Y) e mutuamente excludentes. Cada projeto tem um custo inicial de investimento de 400.000$, e o custo de capital da empresa é de 13%. Os fluxos de caixa esperados são:
Projeto X
Ano 0 - (400)
Ano 1 - (50)
Ano 2 - 720
Projeto Y
Ano 0 - (400)
Ano 1 - 360
Ano 2 - 240
Resolução:
Para calcular o VPL através da calculadora financeira HP, deve-se realizar os seguintes passos:
- (Valor do fluxo de caixa) CHS FV
- (Custo de capital) i
- (Número de períodos) n
- PV
Cálculo do valor presente dos fluxos de caixa dos projetos:
- Valor Presente dos Fluxos de Caixa do Projeto X:
- Ano 0 - (400)
- Ano 1 - (44,24779)
- Ano 2 - 563,86
- Valor Presente dos Fluxos de Caixa do Projeto Y:
- Ano 0 - (400)
- Ano 1 - 318,58407
- Ano 2 - 187,95529
Cálculo do valor presente acumulado dos fluxos de caixa dos projetos:
- Valor Presente Acumulado dos Fluxos de Caixa do Projeto X:
- Ano 0 - (400)
- Ano 1 - (444,24779)
- Ano 2 - 119,61221
- Valor Presente Acumulado dos Fluxos de Caixa do Projeto Y:
- Ano 0 - (400)
- Ano 1 - (81,41593)
- Ano 2 - 106,53929
Cálculo da TIRm (Taxa Interna de Retorno modificada) projetos X e Y:
- A TIRm pode ser calculada da seguinte forma, utilizando-se a calculadora financeira HP:
- Considera-se como o primeiro fluxo de caixa o valor do investimento inicial e os demais fluxos de caixa devem ser lançados para o futuro, no tempo de término do projeto. Assim, tem-se:
- Para o Projeto X:
- Valor do investimento inicial = 400 mil
- Ks = 13%
- Fluxo de dividendos do ano 1 em valor futuro (para o ano 2):
- -50 CHS PV
- 13 i
- 1 n
- FV
- Valor futuro do D1 (no tempo 2) = -56,50 mil
- Fluxo de dividendos do ano 2 = 720 mil
- Fluxo futuro de dividendos (no tempo 2):
- Fluxo futuro de dividendos (no tempo 2) = Fluxo de dividendos do ano 1 em valor futuro (para o ano 2) + Fluxo de dividendos do ano 2
- Fluxo futuro de dividendos (no tempo 2) = -56,50 mil + 720 mil = 663,5 mil
- A TIRmx pode então ser calculada, utilizando-se a calculadora finaceira HP da seguinte forma:
- 400 CHS g CF0
- 0 g CFj
- 663,5 g CFj
- f IRR
- TIRmx = 28,79247 %
- Para o Projeto Y:
- Valor do investimento inicial = 400 mil
- Ks = 13%
- Fluxo de dividendos do ano 1 em valor futuro (para o ano 2):
- 360 CHS PV
- 13 i
- 1 n
- FV
- Valor futuro do D1 (no tempo 2) = 406,80 mil
- Fluxo de dividendos do ano 2 = 240 mil
- Fluxo futuro de dividendos (no tempo 2):
- Fluxo futuro de dividendos (no tempo 2) = Fluxo de dividendos do ano 1 em valor futuro (para o ano 2) + Fluxo de dividendos do ano 2
- Fluxo futuro de dividendos (no tempo 2) = 406,80 mil + 240 mil = 646,8 mil
- A TIRmy pode então ser calculada, utilizando-se a calculadora finaceira HP da seguinte forma:
- 400 CHS g CF0
- 0 g CFj
- 646,8 g CFj
- f IRR
- TIRmy = 27,16131%
Resumo:
- Projeto X:
- VPLx = 119,61221 mil
- TIRmx = 28,79247%
- Projeto Y:
- VPLy = 106,53929 mil
- TIRmy = 27,16131%
Avaliação dos projetos:
Através dos indicadores VPL (Valor Presente Líquido) e TIRm (Taxa Interna de Retorno modificada) é possível observar que o projeto que oferece maiores vantagens é o Projeto X. Como os projetos são mutuamente excludentes, apenas o Projeto X deve ser escolhido.
Através dos indicadores VPL (Valor Presente Líquido) e TIRm (Taxa Interna de Retorno modificada) é possível observar que o projeto que oferece maiores vantagens é o Projeto X. Como os projetos são mutuamente excludentes, apenas o Projeto X deve ser escolhido.
------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------
- Ano 1 - Ruim (p = 0,5): (200)
- Ano 4 - Ruim (p = 0,5): 360 / Bom (p = 0,5): 1080
- Ano 2 - Bom (p = 0,5): 100
- Ano 4 - Ruim (p = 0,5): 400 / Bom (p = 0,5): 1040
Projeto Y
- Ano 1 - Ruim (p = 0,5): 120
- Ano 4 - Ruim (p = 0,5): 120 / Bom (p = 0,5): 360
- Ano 2 - Bom (p = 0,5): 600
- Ano 4 - Ruim (p = 0,5): 100 / Bom (p = 0,5): 380
(1) Suponha agora que existe incerteza em relação aos períodos 1 e 2, como apresentado acima. O Projeto X tem a possibilidade de ser vendido no ano 1 à uma outra firma pelo valor de 590.000$. Isso mudaria a escolha de projeto da firma? (Use o VPL para avaliar)
Resolução:
1º Passo: Cálculo do VPL de cada galho da árvore de decisão
- Árvore de Decisão do Projeto X:
- Cenário Ano 1 Bom e Ano 2 Bom (BOM-BOM):
- Fluxo de Caixa:
- Ano 0: (400)
- Ano 1: 100
- Ano 2: 1040
- VPLxBB = 502,96813
- Cenário Ano 1 Bom e Ano 2 Ruim (BOM-RUIM):
- Fluxo de Caixa:
- Ano 0: (400)
- Ano 1: 100
- Ano 2: 400
- VPLxBR = 1,75425
- Cenário Ano 1 Ruim e Ano 2 Bom (RUIM-BOM):
- Fluxo de Caixa:
- Ano 0: (400)
- Ano 1: (200)
- Ano 2: 1080
- VPLxRB = 268,80727
- Cenário Ano 1 Ruim e Ano 2 Ruim (RUIM-RUIM):
- Fluxo de Caixa:
- Ano 0: (400)
- Ano 1: (200)
- Ano 2: 360
- VPLxRR = - 295,05834
- Cálculo do Valor Esperado do Valor Presente Líquido do Projeto X (E(VPLx)):
- E(VPLx) = ProbabilidadeBB . VPLxBB + ProbabilidadeBR . VPLxBR + ProbabilidadeRB . VPLxRB + ProbabilidadeRR . VPLxRR
- E(VPLx) = (0,5 . 0,5) . (502,96813) + (0,5 . 0,5) . (1,75425) + (0,5 . 0,5) . (268,80727) + (0,5 . 0,5) . (-295,05834) = 119,6178275
- Árvore de Decisão do Projeto Y:
- Cenário Ano 1 Bom e Ano 2 Bom (BOM-BOM):
- Fluxo de Caixa:
- Ano 0: (400)
- Ano 1: 600
- Ano 2: 380
- VPLyBB = 428,56919
- Cenário Ano 1 Bom e Ano 2 Ruim (BOM-RUIM):
- Fluxo de Caixa:
- Ano 0: (400)
- Ano 1: 600
- Ano 2: 100
- VPLyBR = 209,28812
- Cenário Ano 1 Ruim e Ano 2 Bom (RUIM-BOM):
- Fluxo de Caixa:
- Ano 0: (400)
- Ano 1: 120
- Ano 2: 360
- VPLyRB = -11,87250
- Cenário Ano 1 Ruim e Ano 2 Ruim (RUIM-RUIM):
- Fluxo de Caixa:
- Ano 0: (400)
- Ano 1: 120
- Ano 2: 120
- VPLyRR = -199,82771
- Cálculo do Valor Esperado do Valor Presente Líquido do Projeto X (E(VPLy)):
- E(VPLx) = ProbabilidadeBB . VPLyBB + ProbabilidadeBR . VPLyBR + ProbabilidadeRB . VPLyRB + ProbabilidadeRR . VPLyRR
- E(VPLx) = (0,5 . 0,5) . (428,56919) + (0,5 . 0,5) . (209,28812) + (0,5 . 0,5) . (-11,87250) + (0,5 . 0,5) . (-199,82771) = 106,539275
- Árvore de Decisão do Projeto X com opção de venda no ano 1 por 590.000$:
- Substituindo o galho de menor valor no ano 1 pelo valor da opção de venda, tem-se a nova árvore de decisão do projeto X com opção de venda
- Cenário Ano 1 Bom e Ano 2 Bom (BOM-BOM):
- Fluxo de Caixa:
- Ano 0: (400)
- Ano 1: 100
- Ano 2: 1040
- VPLxBB = 502,96813
- Cenário Ano 1 Bom e Ano 2 Ruim (BOM-RUIM):
- Fluxo de Caixa:
- Ano 0: (400)
- Ano 1: 100
- Ano 2: 400
- VPLxBR = 1,75425
- Cenário Ano 1 Ruim substituído pela opção de venda (Opção de venda):
- Fluxo de Caixa:
- Ano 0: (400)
- Ano 1: 590
- VPLxVENDA = 122,12389
- Cálculo do Valor Esperado do Valor Presente Líquido do Projeto X com opção de venda (E(VPLxVENDA)):
- E(VPLxVENDA) = ProbabilidadeBB . VPLxBB + ProbabilidadeBR . VPLxBR + ProbabilidadeVENDA . VPLxVENDA
- E(VPLxVENDA) = (0,5 . 0,5) . (502,96813) + (0,5 . 0,5) . (1,75425) + (0,5) . (122,12389) = 187,24254
- E(VPLx) = 119,6178275
- E(VPLxVENDA) = 187,24254
- E(VPLy) = 106,539275
3º Passo: Análise dos VPL's
O Projeto X já era a melhor escolha. A opção de venda do Projeto X aumentou seu VPL. Portanto, o projeto a ser escolhido pela firma continua a ser o Projeto X.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Riscos, Coeficiente Beta e CAPM
Riscos:
Os riscos podem ser classificados em:
Risco de um projeto específico
Conhecendo-se o valor esperado do fluxo de caixa de um projeto, pode-se dimensionar o risco do projeto através do Coeficiente de Variação (CV):
CV = Desvio Padrão / média
Onde o Desvio padrão é calculado com base nas probabilidades de ocorrência dos fluxos de caixa esperados:
Desvio padrão = [Probabilidade (E(fluxo de caixa1) - Fluxo médio)2 + ... ]1/2
Coeficiente Beta
O coeficiente Beta pode ser calculado da seguinte forma:
Beta = COV (ativo, mercado) / VAR (mercado)
Ou seja, o coeficiente Beta é igual à covariância entre o valor do ativo e o mercado dividida pela variância do mercado. O mercado pode ser representado por um indicador financeiro como o índice IBOVESPA ou outro indicador, conforme a necessidade e as características de mercado.
Se o coeficiente Beta for:
CAPM (Capital Asset Pricing Model - Modelo de Precificação de Ativos):
Ks = Kf + Beta . (Km - Kf)
Onde:
Ks = taxa de retorno do capital próprio (retorno dos acionistas = stockholders/shareholders)
Kf = taxa do investimento "livre de risco" disponível no mercado
Beta = coeficiente beta da empresa (obtido com base na variação do preço do ativo e do mercado)
Km = taxa média de retorno do mercado
O CAPM usa o coeficiente beta da empresa para calcular a taxa requerida pelo acionista (Ks). Com base no Ks é possível precificar a ação (sabendo-se o valor esperado dos dividendos futuros):
P0 = D1 / (Ks - g)
Onde:
P0 = Preço da ação no tempo 0
D1 = Valor do dividendo no tempo 1
Ks = taxa de retorno do acionista, calculada através do CAPM (modelo de precificação de ativos)
g = taxa de crescimento esperada dos lucros e dividendos
- Risco Isolado
- É um risco de um único ativo (específico de um setor da empresa, um projeto específico etc.)
- Risco Corporativo
- É a soma dos riscos isolados da firma (o resultado da diversificação dos riscos)
- Risco de Mercado
- É um risco a que praticamente todas as empresas do mercado estão suscetíveis
Os riscos podem ser classificados em:
- Riscos sistemáticos:
- São os riscos a que a maioria das empresas do mercado estão suscetíveis (Risco de Mercado).
- Riscos não-sistemáticos:
- São os riscos que atingem setores específicos da economia ou da empresa, não afetando os demais setores econômicos ou projetos da empresa.
Risco de um projeto específico
Conhecendo-se o valor esperado do fluxo de caixa de um projeto, pode-se dimensionar o risco do projeto através do Coeficiente de Variação (CV):
CV = Desvio Padrão / média
Onde o Desvio padrão é calculado com base nas probabilidades de ocorrência dos fluxos de caixa esperados:
Desvio padrão = [Probabilidade (E(fluxo de caixa1) - Fluxo médio)2 + ... ]1/2
Coeficiente Beta
O coeficiente Beta pode ser calculado da seguinte forma:
Beta = COV (ativo, mercado) / VAR (mercado)
Ou seja, o coeficiente Beta é igual à covariância entre o valor do ativo e o mercado dividida pela variância do mercado. O mercado pode ser representado por um indicador financeiro como o índice IBOVESPA ou outro indicador, conforme a necessidade e as características de mercado.
Se o coeficiente Beta for:
- Beta < 1:
- O valor do ativo varia menos que o mercado, oferecendo maior concentração de valores em torno do valor médio, ou seja, com menos dispersões, oferecendo menor variabilidade e consequentemente menor risco. Como seu risco é baixo, devido à sua baixa variabilidade, a taxa de retorno requerida pelos acionistas (Ks) será menor que a taxa de mercado (Km), conforme o CAPM.
- Beta = 1:
- O valor do ativo varia de forma idêntica ao mercado, de tal forma que o retorno esperado pelos acionistas (Ks) é igual ao retorno do mercado (Km).
- Beta > 1:
- O valor do ativo oscila mais do que o mercado. Por oferecer maior incerteza, com dados mais dispersos ao redor do valor médio do período analisado, oferece maior risco, o que leva a taxa de retorno dos acionistas (Ks) a ser maior que a taxa média de retorno do mercado (Km).
CAPM (Capital Asset Pricing Model - Modelo de Precificação de Ativos):
Ks = Kf + Beta . (Km - Kf)
Onde:
Ks = taxa de retorno do capital próprio (retorno dos acionistas = stockholders/shareholders)
Kf = taxa do investimento "livre de risco" disponível no mercado
Beta = coeficiente beta da empresa (obtido com base na variação do preço do ativo e do mercado)
Km = taxa média de retorno do mercado
O CAPM usa o coeficiente beta da empresa para calcular a taxa requerida pelo acionista (Ks). Com base no Ks é possível precificar a ação (sabendo-se o valor esperado dos dividendos futuros):
P0 = D1 / (Ks - g)
Onde:
P0 = Preço da ação no tempo 0
D1 = Valor do dividendo no tempo 1
Ks = taxa de retorno do acionista, calculada através do CAPM (modelo de precificação de ativos)
g = taxa de crescimento esperada dos lucros e dividendos
domingo, 11 de setembro de 2011
Finanças Corporativas - Lista de exercícios II
Finanças Corporativas - Lista de exercícios II - Prof. B. Funchal
Questão 1
Você, como analista de investimentos da Saturn Corporation, precisa analisar dois projetos potencias distintos (X e Y) e mutuamente excludentes. Cada projeto tem um custo inicial de investimento de 200.000$, e o custo de capital da empresa é de 13%. Os fluxos de caixa esperados são:
Você, como analista de investimentos da Saturn Corporation, precisa analisar dois projetos potencias distintos (X e Y) e mutuamente excludentes. Cada projeto tem um custo inicial de investimento de 200.000$, e o custo de capital da empresa é de 13%. Os fluxos de caixa esperados são:
Projeto X
Ano 0 - (200)
Ano 1 - 70
Ano 2 - 70
Ano 3 - 70
Ano 4 - 70
Projeto Y
Ano 0 - (200)
Ano 1 - 130
Ano 2 - 60
Ano 3 - 60
Ano 4 - 20
Resolução:
- Período de Payback descontado
Primeiramente é importante diferenciar Payback do Payback descontado. Payback é o tempo de retorno do investimento baseado nos valores do fluxo de caixa: quando o fluxo de caixa acumulado "zera" o valor investido ocorre o Payback. O Payback descontado é mais próximo da realidade, pois é baseado nos valores presentes do fluxo de caixa, ou seja, considera o valor dinheiro conforme o custo de capital (o valor do dinheiro no tempo).
Custo inicial: 200.000$
Ks (custo de oportunidade): 13%
Fluxo de caixa do Projeto X:
Ano 0 - (200)
Ano 1 - 70
Ano 2 - 70
Ano 3 - 70
Ano 4 - 70
Com a calculadora financeira HP é possível obter os valores do fluxo de caixa em valor presente da seguinte forma:
70 CHS FV
13 i
1 n
PV
Repetindo o procedimento para cada valor do fluxo de caixa, obtém-se os valores presentes:
Valor presente do fluxo de caixa do Projeto X:
Ano 0 - (200)
Ano 1 - 61,94690
Ano 2 - 54,82027
Ano 3 - 48,51351
Ano 4 - 42,93231
Valor presente líquido acumulado do fluxo de caixa do Projeto X:
Ano 0 - (200)
Ano 1 - (138,0531)
Ano 2 - (83,23283)
Ano 3 - (34,71932)
Ano 4 - 8,20389
Como pode-se observar, conforme o valor presente líquido acumulado, o payback descontado ocorre entre o ano 3 e o ano 4.
No ano 3 restam (34,71932). Como o fluxo de caixa para o ano 4 é de 42,93231, logo:
34,71932/42,93231 = 0,808699089
Logo, o Payback descontado ocorre em 3,80869 anos.
O Valor Presente Líquido do Projeto X (VPLx), é:
VPLx = 8,20389 mil
Para se calcular a TIRm (Taxa Interna de Retorno modificada) deve-se levar os fluxos de caixa dos anos 1 a 4 para o Valor Futuro no final do projeto, ou seja, no ano 4, mantendo apenas o investimento inicial em valor presente. Na calculadora financeira HP o cálculo do valor futuro pode ser feito da seguinte forma:
70 PV
13 i
3 n
FV
Assim, obtém-se os valores futuros (para o ano 4), lembrando que o fluxo do Ano 0 (o investimento) não é levado a Valor Futuro:
Ano 1 - 101,00279
Ano 2 - 89,383
Ano 3 - 79,10
Ano 4 - 70
Total: 339,48579
Para o cálculo da TIRmx (Taxa Interna de Retorno do Projeto X) na HP:
200 CHS PV
339,48579 FV
4 n
i
Assim, obtém-se o valor da TIRmx:
TIRmx = 14,14264%
Agora, passemos à análise do projeto Y:
Fluxo de caixa do Projeto Y:
Ano 0 - (200)
Ano 1 - 130
Ano 2 - 60
Ano 3 - 60
Ano 4 - 20
Repetindo o cálculo de Valor Futuro para cada valor do fluxo de caixa, obtém-se os valores presentes:
Valor presente do fluxo de caixa do Projeto Y:
Ano 0 - (200)
Ano 1 - 115,04425
Ano 2 - 46,98880
Ano 3 - 41,58301
Ano 4 - 12,26637
Valor presente líquido acumulado do fluxo de caixa do Projeto Y:
Ano 0 - (200)
Ano 1 - (84,95575)
Ano 2 - (37,96695)
Ano 3 - 3,61606
Ano 4 - 15,88243
Como se pode observar, conforme o valor presente líquido acumulado, o payback descontado ocorre entre o ano 2 e o ano 3.
No ano 2 restam (37,96695). Como o fluxo de caixa para o ano 3 é de 41,58301, logo:
37,96695/41,58301 = 0,913039965
Logo, o Payback descontado ocorre em 2,9130 anos.
O Valor Presente Líquido do Projeto Y (VPLy), é:
VPLy = 15,88243 mil
Para se calcular a TIRm (Taxa Interna de Retorno modificada) deve-se levar os fluxos de caixa dos anos 1 a 4 para o Valor Futuro no final do projeto, ou seja, no ano 4, mantendo apenas o investimento inicial em valor presente. Na calculadora financeira HP o cálculo do valor futuro pode ser feito da seguinte forma:
130 PV
13 i
3 n
FV
Assim, obtém-se os valores futuros (para o ano 4), lembrando que o fluxo do Ano 0 (o investimento) não é levado a Valor Futuro:
Ano 1 - 187,57
Ano 2 - 76,61400
Ano 3 - 67,80
Ano 4 - 20
Total: 351,984
Para o cálculo da TIRmy (Taxa Interna de Retorno do Projeto Y) na HP:
200 CHS PV
339,48579 FV
4 n
i
Assim, obtém-se o valor da TIRmy:
TIRmy = 14,14264%
Payback descontado:
Projeto X: 3,80869 anos
Projeto Y: 2,9130 anos
TIRm:
Projeto X: 14,14264%
Projeto Y: 15,17898%
VPL:
Projeto X: 8,20389 mil
Projeto Y: 15,88243 mil
Com base no resumo das informações, o Projeto Y deve ser o escolhido por ser o melhor em VPL e TIRm e por ter o menor Payback descontado.
(1) Considere agora a existência de uma incerteza inerente aos projetos a partir do 3º ano, isto é , os fluxos de caixa dos períodos 0, 1 e 2 são certos (descritos acima), e apenas os dos períodos 3 e 4 são incertos, tendo a seguinte característica:
Projeto
Y
- Ano 3 - Ruim (p = 0,5): 20
- Ano 4 - Ruim (p = 0,5): 0 / Bom (p = 0,5): 30
- Ano 3 - Bom (p = 0,5): 100
- Ano 4 - Ruim (p = 0,5): 0 / Bom (p = 0,5): 50
Projeto
X
- Ano 3 - Ruim (p = 0,5): 60
- Ano 4 - Ruim (p = 0,5): 40 / Bom (p = 0,5): 80
- Ano 3 - Bom (p = 0,5): 80
- Ano 4 - Ruim (p = 0,5): 60 / Bom (p = 0,5): 100
Desenhe as árvores de decisão, calcule os VPL's
esperados e o coeficiente de variação de cada um dos projetos. Se
você é um gerente mais avesso ao risco, isto é, prefere manter o
Coeficiente de variação próximo de 2 (que é o nível atual da
firma), qual projeto escolheria? E se você não se importasse com o
risco? (Dica: para calcular o desvio padrão de cada projeto monte
cada fluxo de caixa de cada trajetória separadamente, i.e , fluxo
para estado Bom Bom, Bom Ruim, Ruim Bom e Ruim Ruim).
Resolução:
Desenhando as árvores de decisão:
- Projeto X
Fluxos de Caixa
Ano 0
(200)
Ano 1
70
Ano 2
70
Ano 3
Bom (p = 0,5) ------------------------------------ Ruim (p = 0,5)
80 ------------------------------------------------- 60
Ano 4
Bom (p = 0,5) ----------- Ruim (p = 0,5) ------------ Bom (p = 0,5) ----------- Ruim (p = 0,5)
100 --------------------- 60 -------------------------------- 80 --------------------- 40
VPLXBB ------------------- VPLXBR --------------------- VPLXRB ------------------- VPLXRR
33,54306 --------------------- 9,01031 -------------------- 7,41568 --------------------- (17,11707)
- Valor esperado do VPL do Projeto X (VPLx):
- E(VPLx) = [ProbabilidadeBB . E(VPLXBB) + ProbabilidadeBR . (VPLXBR) + ProbabilidadeRB . (VPLXRB) + ProbabilidadeRR . (VPLXRR)]
- E(VPLx) = [(0,5 . 0,5) . (33,54306) + (0,5 . 0,5) . (9,01031) + (0,5 . 0,5) . (7,41568) + (0,5 . 0,5) . (-17,11707)] = 8,212995 mil $
- Projeto Y
Fluxos de Caixa
Ano 0
(200)
Ano 1
130
Ano 2
60
Ano 3
Bom (p = 0,5) ------------------------------------ Ruim (p = 0,5)
100 ------------------------------------------------- 20
Ano 4
Bom (p = 0,5) ----------- Ruim (p = 0,5) ------------ Bom (p = 0,5) ----------- Ruim (p = 0,5)
50 --------------------- 0 -------------------------------- 30 --------------------- 0
VPLYBB ------------------- VPLYBR --------------------- VPLYRB ------------------- VPLYRR
62,00400 ------------------ 31,33807 ------------------- (5,70639) ------------------ (24,10595)
- Valor esperado do VPL do Projeto Y (VPLy):
- E(VPLy) = [ProbabilidadeBB . E(VPLYBB) + ProbabilidadeBR . (VPLYBR) + ProbabilidadeRB . (VPLYRB) + ProbabilidadeRR . (VPLYRR)]
- E(VPLy) = [(0,5 . 0,5) . (62,00400) + (0,5 . 0,5) . (31,33807) + (0,5 . 0,5) . (-5,70639) + (0,5 . 0,5) . (-24,10595)] = 15,8824325 mil $
- Cálculo do VPL de cada galho das árvores de decisão utilizando a calculadora financeira HP:
- Projeto X
- VPLXBB:
- 200 CHS g CF0
- 70 g CFj
- 70 g CFj
- 80 g CFj
- 100 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLXBR:
- 200 CHS g CF0
- 70 g CFj
- 70 g CFj
- 80 g CFj
- 60 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLXRB:
- 200 CHS g CF0
- 70 g CFj
- 70 g CFj
- 60 g CFj
- 80 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLXRR:
- 200 CHS g CF0
- 70 g CFj
- 70 g CFj
- 60 g CFj
- 40 g CFj
- 13 i
- f NPV
- Projeto Y
- VPLYBB:
- 200 CHS g CF0
- 130 g CFj
- 60 g CFj
- 100 g CFj
- 50 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLYBR:
- 200 CHS g CF0
- 130 g CFj
- 60 g CFj
- 100 g CFj
- 0 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLYRB:
- 200 CHS g CF0
- 130 g CFj
- 60 g CFj
- 20 g CFj
- 30 g CFj
- 13 i
- f NPV
- VPLYRR:
- 200 CHS g CF0
- 130 g CFj
- 60 g CFj
- 20 g CFj
- 0 g CFj
- 13 i
- f NPV
- Cálculo do Coeficiente de Variação (CV) de cada projeto:
- CV = Desvio Padrão dos VPL's / E(VPL)
- Coeficiente de Variação do Projeto X (CVx):
- CVx = {[ProbabilidadeBB . (VPLxBB - E(VPLx))2] + [ProbabilidadeBR . (VPLxBR - E(VPLx))2] + [ProbabilidadeRB . (VPLxBB - E(VPLx))2] + [ProbabilidadeRR . (VPLxBB - E(VPLx))2]}1/2 / E(VPLx)
- CVx = {[0,25 . (33,54306 - 8,212995)2] + [0,25 . (9,01031 - 8,212995)2] + [0,25 . (7,41568 - 8,212995)2] + [0,25 . (- 17,11707 - 8,212995)2]}1/2 / 8,212995
- CVx = 2,181899745
- Coeficiente de Variação do Projeto Y (CVy):
- CVy = {[ProbabilidadeBB . (VPLyBB - E(VPLy))2] + [ProbabilidadeBR . (VPLyBR - E(VPLy))2] + [ProbabilidadeRB . (VPLyBB - E(VPLy))2] + [ProbabilidadeRR . (VPLyBB - E(VPLy))2]}1/2 / E(VPLy)
- CVy = {[0,25 . (62,00400 - 15,8824325)2] + [0,25 . (31,33807 - 15,8824325)2] + [0,25 . (- 5,70639 - 15,8824325)2] + [0,25 . (- 24,10595 - 15,8824325)2]}1/2 / 15,8824325
- CVy = 2,095631048
(2) Suponha agora que na implementação do projeto Y, a firma tem a possibilidade de vendê-la no 3º ano à uma outra firma pelo valor de 150.000$. Isso mudaria a escolha de projeto da firma? (Use o VPL para avaliar)
Resolução:
Com a opção de venda do Projeto Y deve-se calcular o novo E(VPLy). Para isso é necessário construir uma nova árvore de decisão, conforme descrito abaixo.
- Árvore de Decisão do Projeto Y com opção de venda no ano 3 por 150.000$:
- Substituindo o galho de menor VPL no ano 3 pelo valor da opção de venda, tem-se a nova árvore de decisão do projeto Y com opção de venda
- Cenário Ano 3 Bom e Ano 4 Bom (BOM-BOM):
- Fluxo de Caixa:
- Ano 0: (200)
- Ano 1: 130
- Ano 2: 60
- Ano 3: 100
- Ano 4: 50
- VPLyBB = 62,00400
- Cenário Ano 3 Bom e Ano 4 Ruim (BOM-RUIM):
- Fluxo de Caixa:
- Ano 0: (200)
- Ano 1: 130
- Ano 2: 60
- Ano 3: 100
- Ano 4: 0
- VPLyBR = 31,33807
- Cenário Ano 3 Ruim substituído pela opção de venda (Opção de venda):
- Fluxo de Caixa:
- Ano 0: (200)
- Ano 1: 130
- Ano 2: 60
- Ano 3: 150
- VPLyVENDA = 65,99057
- Cálculo do Valor Esperado do Valor Presente Líquido do Projeto X com opção de venda (E(VPLxVENDA)):
- E(VPLyVENDA) = ProbabilidadeBB . VPLyBB + ProbabilidadeBR . VPLyBR + ProbabilidadeVENDA . VPLyVENDA
- E(VPLyVENDA) = (0,5 . 0,5) . (62,00400) + (0,5 . 0,5) . (31,33807) + (0,5) . (65,99057) = 56,3308025
Resumo:
E(VPLx) = 8,212995
E(VPLy) = 15,8824325
E(VPLyVENDA) = 56,3308025
E(VPLx) = 8,212995
E(VPLy) = 15,8824325
E(VPLyVENDA) = 56,3308025
Análise dos VPL's:
O Projeto Y tem seu valor esperado de VPL (E(VPLy)) aumentado com a opção de venda no ano 3. Como o E(VPLyVENDA) > E(VPLx), o projeto a ser escolhido pela firma continua a ser o Projeto Y.
Questão 2
O preço corrente da ação da empresa A é de $72 e seu último dividendo foi de $4,80. Em vista da forte posição financeira da empresa e de seu conseqüente baixo risco, sua taxa de retorno requerida é de somente 15%. Se os dividendos têm expectativa de crescer no futuro a uma taxa constante g e se é esperado que Ks permaneça em 15%, qual será o preço da ação da empresa daqui a 10 anos?
O Projeto Y tem seu valor esperado de VPL (E(VPLy)) aumentado com a opção de venda no ano 3. Como o E(VPLyVENDA) > E(VPLx), o projeto a ser escolhido pela firma continua a ser o Projeto Y.
Questão 2
O preço corrente da ação da empresa A é de $72 e seu último dividendo foi de $4,80. Em vista da forte posição financeira da empresa e de seu conseqüente baixo risco, sua taxa de retorno requerida é de somente 15%. Se os dividendos têm expectativa de crescer no futuro a uma taxa constante g e se é esperado que Ks permaneça em 15%, qual será o preço da ação da empresa daqui a 10 anos?
Resolução:
Preço atual da ação = P0 = $72
D0 = $4,80
Ks = 15%
g = constante = ?
P10 = ?
Primeiro passo - Encontrar a taxa de crescimento g:
P0 = D1 / (Ks - g)
D1 = D0 (1+g)
Logo:
P0 = D0 (1+g) / (Ks - g)
Isolando o g:
(Ks - g) . P0 = D0 (1+g)
Logo:
(Ks - g) . P0 = D0 + D0 . g
(Ks . P0) - (g . P0) = D0 + (D0 . g)
(Ks . P0) - D0 = (D0 . g) + (g . P0)
(Ks . P0) - D0 = g (D0 + P0)
{(Ks . P0) - D0} / (D0 + P0) = g
Calculando g:
g = {(Ks . P0) - D0} / (D0 + P0)
g = {(0,15 . 72) - 4,80} / (4,80 + 72)
g = 0,078125 ≈ 7,81%
Segundo passo - Calcular o preço da ação daqui a 10 anos (P10):
Como:
D1 = D0 (1 + g)
D2 = D1 (1 + g) = D0 (1 + g) . (1 + g) = D0 (1 + g)2
D3 = D2 (1 + g) = D0 (1 + g) . (1 + g) . (1 +g) = D0 (1 + g)3
.
.
.
Então:
D11 = D0 (1 + g)11
O valor de D11 é necessário para o cálculo do preço da ação no tempo dez, já que o preço da ação é baseado no fluxo futuro de dividendos.
P10 = D11 / (Ks - g)
Logo:
P10 = D0 (1 + g)11 / (Ks - g)
Calculando:
P10 = 4,80 . (1 + 0,078125)11 / (0,15 - 0,078125) = 152,7649295 ≈ 152,76
Questão 3
A função lucro da Usiminas é dada por:
Lucro = (preço . quantidade) – custo fixo – custo variável
Onde o custo variável é (c . quantidade).O preço da tonelada do aço hoje está em R$ 1500, e a quantidade vendida por mês é de 270.000 toneladas. O custo fixo da empresa é de 100 milhões e o custo variável (c) é de R$750. Faça uma análise de sensibilidade e mostre qual variável apresenta maior risco.
Resolução:
A análise de sensibilidade pode ser feita variando-se uma das variáveis componentes do lucro, deixando todas as demais fixas (ceteris paribus). Assim, as oscilações no lucro indicarão qual das variáveis causa mais impacto, ou seja, apresenta maior risco.
O lucro é a medida de sensibilidade. Então o usamos como parâmetro de avaliação.
O custo fixo é fixo. Portanto não se pode variá-lo.
Restam então o preço, a quantidade e o custo variável para a análise de sensibilidade. Para facilitar os cálculos, com uma variação de 10% para mais e para menos em cada uma das variáveis, uma de cada vez (ceteris paribus), faz-se a análise de sensibilidade.
Análise de sensibilidade:
Lucro = (preço . quantidade) – custo fixo – custo variável
c = R$ 750
Custo fixo = 100mi
Logo:
Lucro = (1500 . 270000) - 100mi - (750 . 270000) = 102,5mi
Variando o Preço:
- + 10%
- Lucro = (1,1 . 1500 . 270000) - 100mi - (750 . 270000) = 143mi
- - 10%
- Lucro = (0,9 . 1500 . 270000) - 100mi - (750 . 270000) = 62mi
- Variação = |143mi - 62mi| = 81mi
Variando a Quantidade Vendida:
- + 10%
- Lucro = (1500 . 1,1 . 270000) - 100mi - (750 . 1,1 . 270000) = 122,75mi
- - 10%
- Lucro = (1500 . 0,9 . 270000) - 100mi - (750 . 0,9 . 270000) = 82,25mi
- Variação = |122,75mi - 82,25mi| = 40,5mi
Variando o Custo Variável:
- + 10%
- Lucro = (1500 . 270000) - 100mi - (1,1 . 750 . 270000) = 82,25mi
- - 10%
- Lucro = (1500 . 270000) - 100mi - (0,9 . 750 . 270000) = 122,75mi
- Variação = |82,25mi - 122,75mi| = 40,5mi
Comparando-se as variações de lucro para variações no preço, na quantidade vendida e no custo variável, observa-se que a maior variação foi obtida com a oscilação nos preços. Logo, a oscilação de preços apresenta maior sensibilidade nos lucros do que a oscilação da quantidade vendida e a oscilação do custo variável. Consequentemente, a variável preço é a que apresenta maior risco.
Questão 4
A Saturn Corporation tem hoje os seguintes indicadores:
A Saturn Corporation tem hoje os seguintes indicadores:
- LAJIR (lucro antes dos juros e do IR) = 20 milhões
- Dívida = 10 milhões (títulos perpétuos)
- Custo da Dívida (Kd) = 11%
- Custo de capital (ou retorno da firma) (Ks) = 16%
- Ações em circulação (n) = 5.000.000
- alíquota do imposto de renda = 40%.
O mercado da empresa é estável, isto é , não
se espera nenhum crescimento (g = 0) . Todos os lucros são distribuí
dos como dividendos.
(0) Qual o valor de mercado total das ações da empresa (S), seu valor total de mercado (V), e seu preço por ação (P)?
Resolução:
S = (LAJIR - D . Kd) . (1 - IR) / (Ks - g)
Onde:
LAJIR = Lucro antes dos juros e imposto de renda
D = valor total da dívida (capital de terceiros)
Kd = taxa de juros da dívida
IR = taxa do imposto de renda
Ks = taxa de retorno requerida pelo acionista
g = taxa de crescimento dos lucros e dividendos
S = (20mi - 10mi . 0,11) . (1 - 0,40) / (0,16 - 0) = 70,875mi
V = S + D
Onde:
V = Valor total da empresa
S = Valor da empresa com os stockholders/shareholders (capital próprio)
D = Capital de terceiros (dívida)
Logo:
V = 70,875mi + 10mi = 80,875mi
Preço por ação = S / n
Onde:
S = Valor da empresa com os stockholders/shareholders (capital próprio)
n = número de ações
Logo:
Preço por ação = 70,875mi / 5mi = 14,175
(1) Qual o custo médio ponderado de capital (WACC) da empresa?
Resolução:
WACC = (D/V) . Kd . (1 - IR) + (S/V) . Ks
Onde:
D = dívida da empresa
S = valor do capital próprio (capital dos stockholders/shareholders)
V = Valor total da firma
Kd = taxa de juros da dívida
IR = taxa de imposto de renda
Ks = taxa de retorno requerida pelos acionistas
Logo:
WACC = (D/V) . Kd (1 - IR) + (S/V) . Ks
WACC = (10 / 80,875) . 0,11 . (1 - 0,40) + (70,875 / 80,875) . 0,16 = 0,148377125 ≈ 14,837%
(2) Agora, você como gerente, deve decidir se muda a estrutura de capital ou não. A empresa tem a chance de aumentar em 40 milhões a sua dívida, ficando com um total de 50 milhões, usando a nova dívida para recomprar suas ações. Sua taxa de juros sobre a dívida total será de 12% (você resgatará e refinanciará a dívida antiga) e seu custo de capital aumentará de 16% para 18%. Tudo mais permanece constante. A empresa deve mudar a estrutura de capital ou deve permanecer com a antiga? Porquê ?
Resolução:
Para saber se a empresa deve mudar a estrutura de capital basta comparar o WACC (custo médio ponderado de capital) de cada possível estrutura. A estrutura de capital que apresentar o menor WACC será a que ofereça menores custos para a empresa, ou seja, maximizará o lucro.
S' = novo preço da firma na mão dos acionistas
D' = nova valor de dívida da empresa = 50mi
Kd' = nova taxa de juros da dívida
Ks' = novo custo de capital próprio
S' = (Lucro - D' . Kd') . (1 - IR) / (Ks' - g)
Logo:
S' = (20 - 50 . 0,12) . (1 - 0,40) / (0,18 - 0) = 46,66666667mi
V' = S' + D'
Onde:
V' = Novo valor total da firma
S' = Novo valor do capital próprio
D' = Novo valor da dívida da empresa
V' = S' + D' = 46,66666667mi + 50mi = 96,66666667mi
Passando para o cálculo do WACC' (novo custo médio ponderado de capital):
WACC' = (D' / V') . Kd' . (1 - IR) + (S' / V') . Ks'
WACC = (50mi / 96,66666667mi) . 0,12 . (1 - 0,4) + (46,66666667mi / 96,66666667mi) . 0,18 = 0,124137931
WACC ≈ 12,41%
Como o valor da empresa aumenta e o custo médio ponderado de capital diminui, a nova estrutura de capital deve ser adotada pela empresa por ser mais vantajosa.
Fórmulas:
Preço da ação:
P0 = D1 / (Ks - g)
Onde:
P0 = Preço da ação no tempo 0
D1 = Valor do dividendo no tempo 1
Ks = Taxa requerida pelos acionistas
g = Taxa de crescimento da empresa
Dividendos:
D1 = D0 (1 + g)
Onde:
D1 = Dividendo no tempo 1
D0 = Dividendo no tempo 0
g = Taxa de crescimento da empresa
Valor da Empresa nas mãos dos acionistas (Capital próprio):
S = (LAJIR - D . Kd) . (1 - IR) / (Ks - g)
Onde:
S = Valor da empresa na mão dos acionistas (stockholders / shareholders)
LAJIR = Lucro antes dos juros e imposto de renda
D = Valor da dívida
Kd = Taxa de juros da dívida
IR = Alíquota de Imposto de Renda
Ks = Taxa de retorno do acionista
g = Taxa de crescimento da empresa
Valor Total da Empresa:
V = S + D
Onde:
V = Valor total da firma
S = Valor da empresa na mão dos acionistas (capital próprio)
D = Valor da dívida da empresa (capital de terceiros)
WACC (Weighted Average Cost of Capital - Custo Médio Ponderado de Capital):
WACC = (D/V) . (Kd) (1 - IR) + (S/V) . (Ks)
Onde:
WACC = Custo médio do capital ponderado pela estrutura de capital da empresa (porcentagem de dívida e porcentagem de capital próprio)
D = Valor da dívida (capital de terceiros)
S = Valor do empresa na mão dos acionistas (capital próprio)
V = Valor total da empresa = S + D
Kd = Taxa de juros da dívida
IR = Alíquota de Imposto de Renda
Ks = Taxa requerida pelos acionistas
Preço da ação:
P0 = D1 / (Ks - g)
Onde:
P0 = Preço da ação no tempo 0
D1 = Valor do dividendo no tempo 1
Ks = Taxa requerida pelos acionistas
g = Taxa de crescimento da empresa
Dividendos:
D1 = D0 (1 + g)
Onde:
D1 = Dividendo no tempo 1
D0 = Dividendo no tempo 0
g = Taxa de crescimento da empresa
Valor da Empresa nas mãos dos acionistas (Capital próprio):
S = (LAJIR - D . Kd) . (1 - IR) / (Ks - g)
Onde:
S = Valor da empresa na mão dos acionistas (stockholders / shareholders)
LAJIR = Lucro antes dos juros e imposto de renda
D = Valor da dívida
Kd = Taxa de juros da dívida
IR = Alíquota de Imposto de Renda
Ks = Taxa de retorno do acionista
g = Taxa de crescimento da empresa
Valor Total da Empresa:
V = S + D
Onde:
V = Valor total da firma
S = Valor da empresa na mão dos acionistas (capital próprio)
D = Valor da dívida da empresa (capital de terceiros)
WACC (Weighted Average Cost of Capital - Custo Médio Ponderado de Capital):
WACC = (D/V) . (Kd) (1 - IR) + (S/V) . (Ks)
Onde:
WACC = Custo médio do capital ponderado pela estrutura de capital da empresa (porcentagem de dívida e porcentagem de capital próprio)
D = Valor da dívida (capital de terceiros)
S = Valor do empresa na mão dos acionistas (capital próprio)
V = Valor total da empresa = S + D
Kd = Taxa de juros da dívida
IR = Alíquota de Imposto de Renda
Ks = Taxa requerida pelos acionistas
Questão 5
A empresa Saturn Corp. tem sua estrutura de capital ótima formada por: 30% dívida e 70% ações ordinárias. A alíquota do imposto da Saturn Corp. é de 40% e os investidores esperam que os lucros e os dividendos futuros cresçam a uma taxa constante e igual a 6% (g = 6%). A empresa pagou um dividendo de 10$ por ação no último ano (D0) , e suas ações são vendidas ao preço de 100$ cada uma.
Já a dívida da empresa poderia ser emitida à
uma taxa de juros de 13%.
(0) Calcule os custos de cada componente da estrutura de capital (dívida e ações ordinárias).
Resolução:
Custos dos componentes da estrutura de capital:
- Custo da dívida (Kd):
- Como não há dedução de imposto de renda (IR = 40%) no custo da dívida, ou seja, o imposto de renda não abrange os juros da dívida, o capital de terceiros não sofre o peso do imposto. Logo, tem-se:
- Custo da dívida = Kd (1 - 0,4) = 13% (0,6) = 0,078 = 7,8%
- Custo do capital próprio (Ks):
- Para o cálculo do custo do capital próprio devemos nos basear nas informações fornecidas no problema. Através do Preço da ação (P0), do dividendo (D0) e da taxa de crescimento (g), pode-se encontrar o custo do capital próprio (Ks):
- P0 = D1 / (Ks - g)
- P0 = [D0 (1 + g)] / (Ks - g)
- Isolando Ks:
- P0 (Ks - g) = [D0 (1 + g)]
- (Ks - g) = [D0 (1 + g)] / P0
- Ks = {[D0 (1 + g)] / P0} + g
- Ks = {[10 (1 + 0,06)] / 100} + 0,06 = 0,166 = 16,6%
(1) Qual é o WACC (custo ponderado médio de capital) da firma?
Resolução:
É importante ressaltar que o WACC é o custo médio de capital da empresa ponderado pela sua estrutura de capital. Assim, o capital de terceiros e o capital próprio contribuem para a geração de todo o lucro. O capital de terceiros é remunerado conforme Kd. O capital próprio é remunerado conforme Ks. Porém, no fim das contas, quem realmente arca com o pagamento do imposto de renda sobre o lucro é o capital próprio: os acionistas têm seus ganhos reduzidos com o pagamento do imposto de renda, enquanto os financiadores da empresas continuam recebendo seus juros conforme Kd. O valor do capital próprio já é calculado com o desconto do valor do imposto de renda. Na fórmula do WACC o imposto de renda já é descontado dos lucros logo na formação do capital próprio. Por esse motivo, o custo de capital de terceiros para a empresa é ponderado de forma a não contabilizar o imposto de renda, que já foi pago pelo capital próprio. Por isso existe o benefício para a empresa da redução nos custos com a captação de capital de terceiros (o que pode ser otimizado através de simulações de variações na estrutura de capital, considerando que o aumento das dívidas aumenta o risco da empresa e elevam a taxa de retorno Ks requerida pelos acionistas).
WACC = (D/V) . Kd . (1 - IR) + (S/V) . Ks
Conforme dados do problema e com o valor de Ks calculado anteriormente:
(D/V) = 30%
(S/V) = 70%
Ks = 16,6%
Logo:
WACC = 0,30 . 0,13 . (1 - 0,40) + 0,7 . 0,166 = 0,1396 = 13,96%
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Trabalho de Finanças Corporativas - Simulação de Monte Carlo
FUCAPE -
Trabalho de Finanças Corporativas
Professor: Dr. Bruno Funchal
Aluno: Lucas Tiago Rodrigues De Freitas
Questão
1
Suponha que
você é gerente de uma firma que atua no segmento de alta tecnologia. O lucro de
sua empresa é muito sensível a alguns fatores que estão sujeitos a flutuação do
mercado.
Apesar da
demanda variar muito com o aquecimento da economia, o preço de seu produto é
bem estável e igual à R$ 5000,00. Você fez um gasto inicial de R$ 32.000.000,00
para começar seu negócio.
Porém com a
volatilidade do mercado, seus custos variáveis e sua demanda podem variar de
acordo com os possíveis cenários da economia. Você conhece bem o comportamento
da demanda e sabe que ela se comporta igual à distribuição normal, a média de
vendas é de 50.000 unidades por ano, e o desvio padrão é de 6.000 unidades.
Além disso, o custo também tem distribuição normal com média R$ 4.200,00 e
desvio padrão de R$ 480,00.
Fazendo 2000
experimentos você gostaria de estimar a probabilidade de lucro menor do que zero
e de lucro acima de 50% do capital investido, o lucro médio e o risco (desvio
padrão) do projeto. Faça o histograma do lucro.
Resposta:
Para responder
à questão é necessário realizar a simulação dos dados de “vendas” e de “custo”,
dado que o investimento inicial e o preço de venda são tidos como fixos. Assim,
através da função “Geração de número aleatório”, disponível no menu “Dados –
Análise de dados” do software MS Excel, insere-se o valor da média e do desvio
padrão para a variável vendas (E(vendas) = 50.000, DP(vendas)
= 6.000) e para a variável custo (E(custo) = R$4.200,00, DP(custo)
= R$480,00), escolhendo a opção de distribuição normal, conforme enunciado. O
número de números aleatórios deve ser igual a 2000. A semente aleatória
utilizada foi igual a 2. Com base nos dados obtidos para vendas e custo,
calcula-se o valor do lucro para cada conjunto estimado de quantidade vendida e
custo: Lucro = Receita Total - Custo Total, onde a receita total é
dada pelo produto entre Preço (R$5.000,00) e quantidade (valor aleatório
estimado anteriormente) e o custo total é dado pela soma entre o custo fixo
(R$32.000.000,00) e o produto do custo variável pela quantidade (ambos
estimados pelo Excel). Assim obtém-se 2000 valores de lucros possíveis para a
firma, a partir dos quais pode-se solicitar através do próprio MS Excel os
valores de lucro médio, desvio padrão e coeficiente de variação do lucro
(indicadores de risco do projeto).
E(Lucro) = R$5.575.763,87
Desvio Padrão(Lucro) = R$ 19.123.943,88
Coeficiente de Variação(Lucro) = 3,429833887 ≈ 3,43
Através da
função condicional “SE” do software Excel é possível classificar cada possibilidade
de lucro quanto a uma condição específica. Usando as condições “SE (valor do
lucro) < 0, imprima 1” e “SE (valor do lucro) > 50% do capital investido,
imprima 1”, sendo os resultados expostos em colunas diferentes, pode-se saber o
número de ocorrências de valores de lucro inferiores a 0 e de valores de lucro
superiores a R$16.000.000,00 (50% de R$32.000.000,00), através do somatório de
todos os números 1 surgidos nas colunas. O total de ocorrência de possíveis
lucros inferiores a 0 foi de 677, representando 34% dos 2000 possíveis lucros.
O número de lucros estimados acima de R$16.000.000,00 foi de 666, representando
33% dos 2000 possíveis lucros.
O histograma
do lucro pode ser visto abaixo:
Clique na imagem para ampliar |
Questão
2
Utilizando a
mesma metodologia, descreva um exemplo prático próximo ao seu dia a dia, e
proponha um estudo de viabilidade de um projeto.
Exemplo
prático:
Sua rede de
farmácias ALFA pretende instalar uma nova filial em uma cidade da região
metropolitana da Grande Vitória. O gasto inicial é de R$ 250.000,00 para montar
a loja (estoque, prateleiras, computadores, softwares e impressora fiscal),
para regularizar a documentação e para fazer a propaganda na fachada. A demanda
pelos produtos em seu segmento pode ser descrita por uma distribuição normal,
sendo a sua média de vendas prevista em R$750.000,00 para o próximo ano, com um
desvio padrão de R$150.000,00. Seus custos fixos incluem pagamento de 4
funcionários, contas de água, telefone e energia elétrica, totalizando
R$125.000,00, previstos para o próximo ano. Os custos de aquisição de produtos
são variáveis e têm comportamento previsto como o de uma distribuição normal,
com valor médio de R$350.000,00 e desvio padrão de R$100.000,00 para o próximo
ano. Através de uma Simulação de Monte Carlo, com 2500 experimentos, estime a
probabilidade do seu lucro ser inferior a 0 e de ser superior a 30% do valor
investido no próximo ano (considerando o investimento inicial como custo
também).
Passos para
solução do problema:
1º Passo:
Geração de 2500 números aleatórios para os valores de vendas (média de
R$750.000,00 e desvio padrão de R$150.000,00) e custos variáveis (média de
R$350.000,00 e desvio padrão de R$100.000,00), ambos advindos de distribuições
normais.
2º Passo:
Cálculo de 2500 estimativas de lucro conforme os dados aleatórios obtidos
anteriormente: Lucro = Receita Total – Custo Total. Assim obtém-se:
E(Lucro) = R$ 23.995,92
Desvio Padrão(Lucro) = R$ 49.036,49
Coeficiente de Variação(Lucro) = 2,04
3º Passo:
Classificando os 2500 possíveis lucros através das funções condicionais “SE
lucro < 0, imprima 1” e “SE lucro > 30% de R$ 250.000,00, imprima 1”, em
colunas separadas, obtém-se pelo somatório de cada coluna o número de lucros
estimados menores que 0 (781 ocorrências) e maiores que R$75.000,00 (393
ocorrências):
Probabilidade de Lucro < 0: 31%
Probabilidade de Lucro > 30% do Capital
Investido: 16%
4º Passo: Com
base nas 2500 estimativas de lucro calculadas é possível fazer um histograma
dos dados para visualizar melhor as probabilidades de lucro do projeto.
Clique na imagem para ampliar |
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