terça-feira, 23 de abril de 2019

Cálculo I - 23/04/2019

Cálculo I - 23/04/2019 - (Terça-feira)

Previsão de aula: 20h30min às 22h00min
Início da aula: 20h40min
Término da aula: 21h52min
Taxa de aproveitamento: 80,0%


Continuação da taxa de velocidade:
Se quisermos determinar a taxa à qual o automóvel está viajando às 2h, precisamos calcular sua velocidade instantânea. Uma ideia para fazer isso é calcular a velocidade média no intervalo [2; 2 + t(s)] e ir determinando de t(s) de tal forma que o comprimento (s) percorrido no intervalo [2; 2 + t(s)] se aproxime de zero.
À medida em que isso for feito, as velocidades médias se aproximarão da velocidade no instante t = 2h.
Em geral, se s (posição) é uma função do tempo s(t), é a função posição de um obejto cuja trajetória é retilínea, então, a velocidade do objeto no instante t é:
v(t) = lim∆t→0 {[s . (t + t(s)) - s(t)] / ∆t}
v(t) = lim∆t→0 {[s . (t + ∆t) - s(t)] / ∆t}


Exemplo:
De um balão a 150m do solo, deixa-se cair um saco de areia. Desprezando-se a resistência do ar, a distância s(t) do solo ao saco de areia em queda, após t segundos é dado por:
s(t) = - 4,9t² + 150

Gráfico de s(t) = - 4,9t² + 150, obtido com o GeoGebra e o Krita.
Saco de areia lançado do balão a 150m de altura, obtido com o Krita.
Determine a velocidade do saco de areia:
a) quando t = 0s.

[Res.]

s(t) = - 4,9t² + 150

t = 0 → s(0) = 150m

Para encontrar a velocidade, podemos calcular o limite da distância percorrida quanto o tempo t tende a 0:
v(t) = lim∆t→0 {[s . (t + ∆t) - s(t)] / ∆t}
= lim∆t→0 {[(- 4,9(t + ∆t)² + 150) - (- 4,9t² + 150)] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9(t² + 2 . t . ∆t + ∆t²) + 150 + 4,9t² - 150] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9t² - 4,9 . 2 . t . ∆t - 4,9 ∆t² + 150 + 4,9t² - 150] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9 . 2 . t . ∆t - 4,9 ∆t² + 150 - 150) / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9 . 2 . t . ∆t - 4,9 ∆t²] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9 . (2 . t . ∆t - ∆t²)] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[ ∆t . (- 4,9 . 2 . t + 4,9 . ∆t)] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9 . 2 . t + 4,9 . ∆t]}
= {[- 4,9 . 2 . 0 + 4,9 . 0]}
= 0 + 0
= 0m/s


b) quando t = 2s.

[Res.]
Para t = 2:
v(t) = lim∆t→0 {[s . (t + ∆t) - s(t)] / ∆t}
= lim∆t→0 {[(- 4,9(t + ∆t)² + 150) - (- 4,9t² + 150)] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9(t² + 2 . t . ∆t + ∆t²) + 150 + 4,9t² - 150] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9t² - 4,9 . 2 . t . ∆t - 4,9 ∆t² + 150 + 4,9t² - 150] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9 . 2 . t . ∆t - 4,9 ∆t² + 150 - 150) / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9 . 2 . t . ∆t - 4,9 ∆t²] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9 . (2 . t . ∆t - ∆t²)] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[ ∆t . (- 4,9 . 2 . t + 4,9 . ∆t)] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9 . 2 . t + 4,9 . ∆t]}
= {[- 4,9 . 2 . 2 + 4,9 . 0]}
= - 4,9 . 2 . 2 + 0
= -19,6 m/s


c) no instante em que ele toca o solo.

[Res.]
Para tocar o solo:

s(t) = - 4,9t² + 150
0 = - 4,9t² + 150
-150 = - 4,9t²
t² = 150 / 4,9
t = ± 5,5328 segundos.
Como o tempo nesse caso só pode ser positivo:
t = + 5,5328 segundos.

Encontrando a velocidade do saco de areia ao tocar o solo:
Para t = 5,5328:
v(t) = lim∆t→0 {[s . (t + ∆t) - s(t)] / ∆t}
= lim∆t→0 {[(- 4,9(t + ∆t)² + 150) - (- 4,9t² + 150)] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9(t² + 2 . t . ∆t + ∆t²) + 150 + 4,9t² - 150] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9t² - 4,9 . 2 . t . ∆t - 4,9 ∆t² + 150 + 4,9t² - 150] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9 . 2 . t . ∆t - 4,9 ∆t² + 150 - 150) / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9 . 2 . t . ∆t - 4,9 ∆t²] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9 . (2 . t . ∆t - ∆t²)] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[ ∆t . (- 4,9 . 2 . t + 4,9 . ∆t)] / (∆t)}
= lim∆t→0 {[- 4,9 . 2 . t + 4,9 . ∆t]}
= {[- 4,9 . 2 . 5,5328 + 4,9 . 0]}
= - 4,9 . 2 . 5,5328 + 0
= - 54,22144 m/s

 
Taxa de variação

Exemplos de aplicação:

* Durante certo tempo um químico pode estar interessado na taxa à qual certa substância se dissolve em água.

* Um engenheiro eletricista pode desejar saber a taxa de variação da corrente em parte de um circuito elétrico durante os t primeiros segundos de funcionamento.

Podemos considerar taxas de variação em relação à outras variáveis independentes que não o tempo. Por exemplo:
V = c / p.
Sob temperatura constante, o volume V e a pressão P de um gás confinado estão relacionados. Se a pressão varia, podemos achar a taxa à qual o volume varia por unidade de variação da pressão.


Definição:
Seja y = f(x) uma função definida em um intervalo aberto I contando a.

1) A taxa média de variação de y = f(x) em relação a x no intervalo [a, a+h] será:
ym = ∆y / ∆x = [f(a + h) - f(a)] / h

Esquema para visualizar a taxa média de variação, obtido com o Krita.


Agradeço sua leitura. Lembre-se de deixar seu comentário, caso seja necessário realizar alguma correção ou melhoria na postagem. Com dedicação, Lucas Tiago Rodrigues de Freitas, M.Sc.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Cálculo I - 17/04/2019

Cálculo I - 17/04/2019 - (Quarta-feira)

Previsão de aula: 20h30min às 22h00min
Início da aula: 20h39min
Término da aula: aproximadamente 21h45min
Taxa de aproveitamento: aproximadamente 73,33%

Observação: discussão social em sala de aula (tema: esmola)


Equação da reta normal

Seja y = f(x) uma curva e seja P(a, f(a)) um ponto sobre seu gráfico. A reta normal n ao gráfico de f no ponto P é a reta perpendicular à reta tangente (t).

Reta tangente (t) e reta normal (r) à tangente em um ponto de um gráfico, obtido com o Krita.
Da Geometria Analítica sabemos que mn = -1 / mt.


Logo, a equação da reta normal ao gráfico de f em P é:
y - f(a) = -1/mt . (x - a)


Exemplo:
Determine a equação da reta tangente e a equação da reta normal ao gráfico de f(x) = x³ no ponto de abcissa a = -1.

[Res.]
Gráfico de f(x) = x³, obtido com o GeoGebra e o Krita.
f(x) = x³

Encontrando o coeficiente angular no ponto com x igual a -1.

limh→0 [f(a+h) - f(a) / h]
= limh→0 [(a+h)³ - (a)³ / h]
= limh→0 [(a³ + 3a²h + 3ah² + h³ - a³) / h]
= limh→0 [(3a²h + 3ah² + h³) / h]
= limh→0 [h . (3a² + 3ah + h²) / h]
= limh→0 [3a² + 3ah + h²]
= 3a² + 0 + 0
= 3a²

Assim, quando x é igual a -1, o limite (que é o coeficiente angular da reta tangente no ponto) será:
3a² = 3 . (-1)² = 3 . 1 = 3 = mt

Obtendo a equação da reta tangente no ponto de abcissa a = -1:
y - y0 = m . (x - x0)
Como só temos o valor de x (abcissa) do ponto, será necessário calcular o valor de y:
y = x³ = (-1)³ = -1
Agora temos o ponto A(-1, -1). Assim:
y - (-1) = m . (x - (-1))
y + 1 = m . (x + 1)
y = m.x + m - 1
Como mt = 3:
y = 3 . x + 3 -1
y = 3x + 2


Logo, a equação da reta normal ao gráfico de f em A(-1, -1) é:
y - f(a) = -1/mt . (x - a)
y - (-1) = -1/(3) . (x - (-1))
y + 1 = -1/3 . (x + 1)
y + 1 = -x/3 -1/3
y = -x/3 -1/3 - 1
y = -x/3 - 4/3
y = (-x - 4) / 3



Velocidade média e velocidade instantânea:
Vm = ∆S / ∆T, onde:
∆S → posição
∆T → tempo


Exemplo:
Um automóvel deixa a cidade A à 1h, percorre uma estrada retilínea e chega à cidade B a 240km de A, às 4 horas.
Determine a velocidade média do automóvel durante este percurso.
Esquema de percurso de A até B (240km) em 3 horas, obtido com o Krita.

[Res.]
Vm = ∆S / ∆T = (S1 - S0) / (T1 - T0) = (240 - 0) / (4 - 1) = 240 / 3 = 80 km/h

Esta é a velocidade que, se mantida constante, durante 3 horas, permite ao automóvel percorrer os 240km de A até B.
A velocidade média nada diz sobre a velocidade em um instante.
Por exemplo, às 2h o velocímetro do carro poderia registrar 60km/h ou 100km/h ou até mesmo estar marcando 0km/h, com o carro parado.

Se quisermos determinar a taxa à qual o automóvel está viajando às 2h, precisamos calcular sua velocidade instantânea.


Agradeço sua leitura. Lembre-se de deixar seu comentário, caso seja necessário realizar alguma correção ou melhoria na postagem. Com dedicação, Lucas Tiago Rodrigues de Freitas, M.Sc.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Cálculo I - 16/04/2019

Cálculo I - 16/04/2019 - (Terça-feira)

Previsão de aula: 20h30min às 22h00min
Início da aula: aproximadamente 20h40min
Término da aula: 21h54min
Taxa de aproveitamento: 82,22%


Continuação da matéria de derivada

Analisando como encontrar a reta tangente em um gráfico, obtido com o Krita.
mt = limx→a {[f(x) - f(a)] / (x - a)}

mt = limx→a {[f(a + h) - f(a)] / h}

Logo, a equação da reta tangente t é:
y - f(a) = mt . (x - a)
De:
y - y0 = m . (x - x0)


Exercícios
1) Seja f(x) = x², e seja "a" um número real qualquer:

a) Determine o coeficiente angular da tangente ao gráfico f em P(a, a²).

[Res.]
f(x) = x²
Gráfico de f(x) = x², obtido com o GeoGebra e o Krita.


mt = limh→0 {[f(a + h) - f(a)] / h}
= limh→0 {[(a² + 2ah + h²) - (a²)] / h}
= limh→0 {[a² + 2ah + h² - a²] / h}
= limh→0 {[2ah + h²] / h}
= limh→0 {h . [2a + h] / h}
= limh→0 {[2a + h]}
= 2a + 0
= 2a


b) Determine a equação da tangente no ponto R(-2, 4).  

[Res.]
Como a equação da tangente é do tipo y - y0 = m . (x - x0), e como mt = 2a, logo:


mt = 2a = 2 . (-2) = -4

y - y0 = m . (x - x0)
y - 4 = -4 . [x - (-2)]
y - 4 = -4 . [x +2]
y - 4 = -4x - 8
y = -4x - 8 + 4
y = -4x - 4


2) Encontre a equação da reta tangente à curva f(x) = 1/x no ponto P(3, 1/3).


[Res.]
f(x) = x-1
Gráfico de f(x) = 1/x, obtido com o GeoGebra e o Krita.
Derivando para encontrar o coeficiente angular da reta tangente:
f(x) = x-1 = 1/x
f '(x) = -1 . x-2 = -1 / x²

O coeficiente angular também pode ser encontrado pelo limite da função:
mt = limh→0 {[f(a + h) - f(a)] / h}
= limh→0 {[1/(a + h) - 1/(a)] / h}
= limh→0 {[(a - (a + h))/[(a + h).(a)]] / h}
= limh→0 {[(a - a - h)/[(a + h).(a)]] / h}
= limh→0 {[(- h)/[(a + h).(a)]] / h}
= limh→0 {[- 1/[(a + h).(a)]]}
= - 1/[(a + 0).(a)]
= -1 / (a . a) 
= -1 / a²


Inserindo o valor do coeficiente angular na equação da reta tangente:

y - y0 = m . (x - x0)
y - y0 = -1/x² . (x - x0)

Inserindo os valores do ponto P(3, 1/3):
y - (1/3) = -1 / 9 . (x - 3)
y = -1/9 . x + 1/3 + 1/3
y = -1/9 . x + 2/3


3) Determine a equação da reta tangente à curva f(x) = √x no ponto P(4, 2).

[Res.]
f(x) = √x

Gráfico de f(x) = √x, obtido com o GeoGebra e o Krita.

Derivando para encontrar o coeficiente angular da reta tangente:
f(x) = √x
f '(x) = 1/2 . x-1/2 = 1/(2 . √x)


O coeficiente angular também pode ser encontrado pelo limite da função:
mt = limh→0 {[f(a + h) - f(a)] / h}
= limh→0 {[√(a + h) - √(a)] / h}
= limh→0 {[√(a + h) - √(a)] / h . [√(a + h) + √(a)] / [√(a + h) + √a]}
= limh→0 {[(a + h) - (a)] / h . [1 / [√(a + h) + √a]}
= limh→0 {[(a + h - a)] / h . [1 / [√(a + h) + √a]}
= limh→0 {h / h . [1 / [√(a + h) + √a]}
= limh→0 {1 . [1 / [√(a + h) + √a]}
= limh→0 {1 / [√(a + h) + √a]}
= 1 / [√(a + 0) + √a]
= 1 / [√a + √a]
= 1 / (2√a)


Inserindo o valor do coeficiente angular na equação da reta tangente:
y - y0 = m . (x - x0)
y - y0 = 1/(2 . √x) . (x - x0)


Inserindo os valores do ponto P(4, 2):
y - (2) = 1/(2 . √x) . (x - 4)
y = 1/(2√x) . x - 4/(2√x) + 2
y = x/(2√x) - 4/(2√x) + 2
y = (x - 4) / (2√x) + 2


Agradeço sua leitura. Lembre-se de deixar seu comentário, caso seja necessário realizar alguma correção ou melhoria na postagem. Com dedicação, Lucas Tiago Rodrigues de Freitas, M.Sc.

Aceite-se para ser feliz



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segunda-feira, 15 de abril de 2019

Cálculo I - aula 10 derivacao implicita 2



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Cálculo I - aula 09 derivacao implicita 1



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Viminas - 35 anos



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sábado, 13 de abril de 2019

Cálculo I - aula 08 parametrizacao 2



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Cálculo I - aula 07 parametrizacao 1



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Mechanical computer part 3



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Mechanical computer part 2



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Curso Growatt - Aula 04 - Conexão CC