sábado, 27 de outubro de 2018

Comunicação e Linguagem - 29 de Outubro de 2018

UCL
Comunicação e Linguagem

Serra, 23 de Outubro de 2018

Aluno: Lucas Tiago Rodrigues de Freitas, M.Sc.

Análise sobre os vídeos:
  • Dez regras para conversar melhor (Celeste Headlee)
    • https://www.ted.com/talks/celeste_headlee_10_ways_to_have_a_better_conversation?language=pt-br
  • Como falar de um jeito que as pessoas queiram te ouvir (Julian Treasure)
    • https://www.youtube.com/watch?v=D236cCikGmA
  • Para início de conversa (Carolina Nalon)
    • https://www.youtube.com/watch?v=3qzcPcQjbMI


Falar sem ninguém ouvir. Quem nunca foi ignorado? O que evitar ao falar? Como falar?
Julian Treasure lista “sete pecados” da fala: fofoca, julgamento, negatividade, reclamar, desculpas, exagero, dogmatismo (confundir fatos com opiniões). Não é preciso aprofundar muito para saber que pessoas que falam assim acabam sendo evitadas e isoladas.
Acredito que o meu problema de comunicação pessoal esteja relacionado ao julgamento: talvez fique estampado no meu rosto que estou julgando as pessoas como incompetentes ou algo do tipo à medida em que elas falam. E se isso for verdade, deve ser algo bem antipático mesmo.
Também me lembro de como a minha avó fala: ela começa a falar numa mistura de fofoca com negativismo e reclamação tão forte que eu nem aguento ficar perto.
E, enquanto ela fala, eu fico “julgando” que ela poderia ter aplicado a vida dela de uma forma muito mais produtiva, gerando emprego e renda, administrando um império. Várias vezes dei o conselho de que ela deveria abrir uma empresa, uma padaria, uma confeitaria, ainda que fosse para usar o nome dela como marca. Conselho improdutivo, pois joguei meu tempo fora. Destaco o “julgando”, pois realmente eu a julgava, ainda que não dissesse isso a ela diretamente. Até chegava a atribuir culpa à ela por não usar os talentos e o tempo dela em prol de uma melhoria econômica.
Julian também mostra como embasar um discurso poderoso e efetivo:
  • H (Honesty): ser verdadeiro, direto e claro;
  • A (Authenticity): ser você mesmo, estar sobre a própria verdade;
  • I (Integrity): fazer o que você diz e ser alguém em que se pode confiar;
  • L (Love): desejar bem às pessoas.
Além disso, Julian explica sobre os recursos de entonação, timbre, volume de voz, aquecimento vocal, de modo a evitar a monotonia e transmitir melhor a mensagem. O ambiente também pode favorecer a comunicação, oferecendo boa acústica e poucos ruídos.

Carolina Nalon aborda o conceito de “comunicação não violenta” ou “comunicação empática”, que foi desenvolvido pelo psicólogo Marshall Rosenberg, no intuito de estimular a compaixão e a empatia. Para Marshall, “Todo ato violento é uma expressão trágica de uma necessidade não atendida”. O conceito busca estimular a compreensão entre as pessoas, evitando a criação de um embate entre ideias. E, como pode exigir uma mudança de comportamentos e reações, necessita de um pouco de esforço, criatividade, treinamento e persistência.
As áreas principais para a comunicação não violenta envolvem:
  • a observação da situação;
  • análise da sensação e dos sentimentos;
  • percepção dos desejos e necessidades do interlocutor;
  • percepção sobre os pedidos ocultos que estão embutidos na tentativa de comunicação.
Empatia cognitiva é o esforço para compreender o que o outro está tentando realmente dizer. Quando se consegue sentir o que a outra pessoa está tentando dizer existe a empatia emocional. Empatia é fazer pelo outro o que o outro gostaria que fosse feito por ele. Mas é importante aprender a dialogar com a complexidade do mundo atual.

Celeste Headlee aborda a questão da comunicação de forma mais simples e direta. Não adianta aplicar fingimentos. É importante “estar presente” na conversa. E se não quiser realmente participar da conversa, simplesmente saia. É importante também não considerar a conversa como uma disputa, mas sim como uma possibilidade de aumento e partilha de conhecimentos, de visões, ainda que não se concorde com o conteúdo apresentado pelo interlocutor. Isso possibilita às pessoas terem boas conversações, ainda que elas falam sobre pontos de vista opostos.
Olhar as pessoas nos olhos, planejar antecipadamente tópicos para discutir, repetir ou resumir o que acabou de ser dito, nada disso ela recomenda, caso não se esteja mesmo prestando atenção.
O que ela recomenda é:
  • não ser multitarefa: estar presente no momento da conversa, ou sair dela;
  • deixar de lado as próprias opiniões: realmente ouvir o que o outro tem a dizer e tentar entender, assumir que se tem algo a aprender;
  • fazer perguntas abertas: o que, quando, como etc. para abrir possibilidades de resposta;
  • deixar a comunicação fluir;
  • se não souber alguma coisa, assumir que não se sabe;
  • não comparar a experiência dos outros com as suas, pois as experiências são diferentes;
  • tentar não ser repetitivo;
  • deixar os detalhes longe: datas etc. que não sejam relevantes e em que as pessoas não estejam interessadas;
  • escutar: prestar atenção no interlocutor, ouvir com a intenção de entender;
  • ser breve: manter a mente aberta e a boca fechada, preparado para se surpreender com o que se tem a aprender dos outros.
Sherry Turkle fala sobre as dificuldades atuais em se manter em contato com as pessoas: se tornou comum durante reuniões pessoas pegarem seus gadgets e enviarem mensagens, o que deveria ser considerado um absurdo, mas virou rotina. E a tecnologia parece ter passado a assumir um papel de consolo e companhia para os humanos, criando uma falsa empatia.


Referências consultadas:
https://www.cvv.org.br/blog/a-importancia-da-comunicacao-nao-violenta/
https://pt.wikihow.com/Praticar-a-Comunica%C3%A7%C3%A3o-N%C3%A3o-Violenta

https://www.ted.com/talks/sherry_turkle_alone_together#t-71928


M.Sc. Lucas Tiago Rodrigues de Freitas agradece sua leitura. Lembre-se de deixar seu comentário, caso seja necessário realizar alguma correção ou melhoria no material.

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