segunda-feira, 1 de outubro de 2018

A comunicação no contexto geral, no dia a dia

A comunicação no contexto geral, no dia a dia

Diariamente somos colocados em situações em que a comunicação está presente. Quem acorda de mau humor pode acabar levando desvantagem, enquanto quem levanta bem pode começar um dia tranquilo, caso haja a necessidade de se comunicar com alguém.
Comunicação é mais do que simplesmente se expressar. Quando a gente se expressa, é como se fosse feito um outdoor. O conteúdo da mensagem só vai chegar ao receptor caso ele seja atingido e preste atenção na mensagem.
Se você falar, está se expressando. Se você for ouvido, está transmitindo a mensagem. Mas só haverá comunicação se existir a compreensão da mensagem.
Imagine, por exemplo, que estou falando em inglês, mas a pessoa que escuta só sabe português. Ela ouvirá, sabe que está sendo transmitida uma mensagem, mas não consegue entender o que é. Talvez se eu adicionar algum gesto, ou desenhar em uma folha de papel, a pessoa passe a ter noção sobre o que significa a mensagem transmitida.
Então, comunicação é muito mais do que jogar palavras ao vento: elas precisam ser compreendidas.
Uma falha que pode acontecer também, é que o significado do código pode ser diferente para quem emite e quem recebe a mensagem. A palavra "Apple" pode significar atualmente tanto a fruta maçã, quanto uma empresa de produtos eletrônicos. O mesmo acontece com "Windows", que significa "janelas", mas pode estar remetendo a um tipo de programa computacional.
Caso o emissor e o receptor não estejam alinhados em relação ao significado dos códigos utilizados, haverá problemas na comunicação, desde dificuldades leves, a até a incompreensão total das mensagens.
Jargões e linguagens locais podem tanto facilitar a comunicação, entre as pessoas de determinada profissão ou região, quanto dificultar ou inviabilizar a comunicação, por exemplo, entre um cliente e um profissional da área jurídica.
A linguagem é uma coisa extremamente interessante, porque ela permite a passagem de informações para outras pessoas mais à frente da linha do tempo. Podemos saber se uma região é muito suscetível a terremotos, quando analisamos o histórico da região, escrito em livros, jornais, artigos científicos, mesmo que os terremotos tenham ocorrido séculos atrás. Também podemos acompanhar a evolução dos atletas em um determinado esporte ao longo de décadas, verificando se os atletas atuais estão com resultados melhores ou piores do que os seus antecessores.
Porém, a língua é mutável. Hoje não se diz mais "vossa mercê", por exemplo. Um simples "cê" já resolve em Minas Gerais e em alguns outros estados do Brasil. Antigamente se falava latim, mas as variações regionais foram tão intensas que ele se dividiu e se diferenciou em francês, português, italiano e espanhol.
Para preservar a língua e padronizar a forma de comunicação, foram criadas as línguas oficiais. Assim, surgiram um conjunto de regras para utilizar as palavras. As regras facilitam a documentação da língua, principalmente nos registros escritos, para posterior compreensão. Porém, basta olhar uma escritura de um ou dois séculos atrás, para verificar o quão diferente escrevemos hoje.
Por falar em escritura, a tecnologia e seus avanços também podem alterar o modo como escrevemos. Uma escritura de antigamente deveria utilizar coordenadas obtidas pelo método da triangulação com teodolito, além da referência a rios e estradas, como margens do terreno, por exemplo. Uma escritura atual pode se valer dos pontos obtidos com as coordenadas fornecidas pelo Sistema de Posicionamento Global (GPS). A escritura fica um texto praticamente ininteligível, mas a precisão do trabalho é tão mais elevada que apesar do leitor não entender o que os pontos significam diretamente, o padrão se tornou mais confiável do que o antigo, por aumentar a precisão dos pontos do terreno.
Variações surgem no dia a dia, para expressar novas situações, novas tecnologias. E a língua muda. As regras mudam. Os séculos passam. Por isso, os registros são importantes: registrar as variações linguísticas permitirá compreender textos antigos no futuro, permitindo que o conhecimento continue ativo na humanidade.



M.Sc. Lucas Tiago Rodrigues de Freitas agradece sua leitura. Lembre-se de deixar seu comentário, caso seja necessário realizar alguma correção ou melhoria no material.

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