Mostrando postagens com marcador Sustentabilidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sustentabilidade. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 15 de março de 2016

Plantio experimental de sementes de Neem com feijão em tubetes de 110cm³.

Plantio experimental de sementes de Neem com feijão em tubetes de 110cm³.
  • Objetivos do plantio em conjunto com o feijão no tubete:
    • criar raízes no substrato utilizado (terra preta) , aproveitando as bactérias nitrificantes do feijão para adubação natural no substrato.
    • facilitar a drenagem, a infiltração, de água no substrato. Especialmente para evitar o surgimento de lodo que impermeabilize a superfície do substrato no tubete.
      • como o feijão se desenvolve rapidamente, mais rápido que a semente de Neem, evitará a formação de uma capa de lodo impermeabilizante nos tubetes, criando um sistema radicular, evitando que o substrato (terra preta) fique encharcado e compactado no interior dos tubetes.
    • aumentar a retenção de água no substrato.
Colocar fotos aqui

Lucas T R Freitas

sábado, 12 de março de 2016

Viveiro de mudas de Neem

Viveiro experimental de mudas de Neem (Azadirachta indica)


Fotos do início do viveiro:
Bandeja com 96 tubetes de 110cm³

Suporte para bandejas

Suporte para bandejas e sombrite

Verificação das mudas

Mudas em saquinhos e em tubetes

Mudas em saquinhos e em tubetes

Mudas em saquinhos e em tubetes

Muda de Neem recém-nascida

Muda brotando

Muda pequena

Brotação

Mudas (Mamão, Neem, Jaca) em bandejas e saquinhos

Mudas

Mudas brotando

Mudas brotando

Mudas brotando

Mudas brotando

Mudas brotando

Mudas brotando

Mudas brotando

Mudas brotando

Mudas brotando

Mudas brotando

Mudas brotando

Mudas brotando

Tela de sombreamento instalada

Área sombreada e suporte para mudas

Mudas posicionadas no chão sombreado

Mudas em desenvolvimento

Mudas em desenvolvimento

Mudas em desenvolvimento

Mudas em desenvolvimento

Mudas com aproximadamente 3 semanas de plantio

Mudas com aproximadamente 3 semanas de plantio

Mudas com aproximadamente 3 semanas de plantio

Mudas com aproximadamente 3 semanas de plantio

Mudas com aproximadamente 3 semanas de plantio

Desenvolvimento das mudas

Muda de Neem em 15 de Março de 2016 - muda com aproximadamente 3 meses



Lucas T R Freitas

sábado, 31 de outubro de 2015

Ecologia, Silvicultura e Tecnologia de Utilização dos Mognos-africanos (Khaya spp.) - Pinheiro et al., 2011

Ecologia, Silvicultura e Tecnologia de Utilização dos Mognos-africanos (Khaya spp.) - Pinheiro et al., 2011 - Leitura finalizada em: 01 de Novembro de 2015.

Notas minhas:
  • Espécies de Khaya (p. 19) - todas conhecidas como "mogno-africano"
    • Khaya ivorensis
    • Khaya grandifoliola
    • Khaya anthoteca
    • Khaya senegalensis
  • Khaya ivorensis:
    • suporta inundações durante o período de chuvas. (p. 35)
    • não tolera longos períodos de solo seco. (p. 35)
    • a germinação de sementes frescas é de cerca de 90%. Depois de duas semanas essa taxa cai rapidamente. Pode frutificar até duas vezes por ano (p. 38)
    • o peso de 1000 sementes é de 130 a 310g. A germinação leva em torno de 11 a 40 dias. (p. 39)
    • recomenda-se aplicar 0,5g de N-P-K (4-14-8) por muda, para auxiliar o cresimento em altura e diâmetro do coleto. A análise de solo também deve ser realizada. (p. 40)
    • A Atlântica Agropecuária (Pirapora - MG) realizou plantios irrigados com 276 árvores por hectare, com espaçamento 6m x 6m. O plantio teve perdas de 5% (pragas e mortes naturais), reduzindo a densidade para 264 árvores por hectare. (p. 42)
    • O primeiro desbaste será realizado no 11° e no 12° ano:
      • no primeiro desbaste são cortadas 132 árvores (com cerca de 10m de altura do fuste e 1,5m de circunferência) (0,448m^3 x 132 árvores/ha = 59,136 m^3/ha). (p. 42)
    • Os cortes finais ocorrerão no 16° e 17° ano. (p. 42)
      • serão cortadas as 132 árvores restantes por hectare (com cerca de 12m de altura do fuste e 1,8m de circunferência) (0,774m^3 x 132 árvores/ha = 102,168 m^3/ha).
    • Pragas e doenças:
      • Hypsipyla robusta: broca-de-ponteiros
        • mata a gema apical dos ramos das árvores jovens, o que causa brotação lateral e ramificações excessivas, aumentando a mortalidade. (p.45)
      • As sementes podem ser atacadas por besouros broqueadores e podem ser comidas por roedores. (p. 46)
      • As cascas de mudas podem ser comidas por porcos-espinhos e esquilos. Os cavalos também podem danificá-las. (p. 46)
      • Formigas cortadeiras: folhas e ramos de mudas e brotos de árvores novas são atacados por saúvas (Atta spp.) e Quém-quém (Acromirmex spp.). (p. 46)
      • Abelha-cachorro ou Irapuá: abelhas de coloração negra (família Apidae, gênero Trigona). Atacam o broto terminal (parte jovem). Retira filamentos fibrosos e resina para construção do ninho e alimentação. (p. 47-48)
      • Cancro de córtice ou da casca (p. 52)
      • Mancha areolada das folhas (p. 54)
      • Podridão branca da raiz ou Murcha letal (p. 55)
        • Rigidoporus lignosos - basidiomiceto
      • Cercospora (p. 56)
        • manchas circulares nos folíolos mais velhos
      • Fusarium (p. 56)
        • seca de ponteiros
    • Utilização da espécie (p. 58)
      • Madeira: móveis, portas, assolhos, navios etc.
      • Casca: tosses, febres, anemias, feridas, lesões, arranhões...
      • Raiz: enema
      • Sementes: produção de sabão
    • Cotação no mercado internacional: 580 a 690 euros, FOB em Gana (África). (p. 63)
  • Khaya senegalensis A. Juss.
    • 1000 sementes pesam de 140g a 330g. (p. 69)
    • Cerca de 90% a 100% das sementes germinam. As sementes podem manter a viabilidade por 6 meses a 8 meses. (p. 69)
    • Quando armazenadas entre 0 e 10°C, a 5% de umidade, podem manter alta taxa de germinação por cerca de 4 anos. O uso de cinzas no armazenamento das sementes pode reduzir o ataque de insetos. (p. 69)
    • Aplicar 0,5g de NPK (4-14-8), por muda. (p. 69)
    • Plantio:
      • No norte da Costa do Marfim, plantios puros sofreram ataques de Hypsipyla, desde o segundo ano do plantio. (p. 69)
      • Para reduzir os ataques de Hypsipyla, pode ser plantada em conjunto com (p. 69-70):
        • Teca (Tectona grandis)
        • Azadirachta indica A. Juss.
        • Senna siamea (Lam.) Irwin & Barneby
        • Dalbergia sissoo Roxb. DC ex.
      • É necessário capina em plantios jovens. (p. 70)
      • As árvores mais velhas são bastante resistentes ao fogo. (p. 70)
      • Leucaena leucocephala (Lam.) pode dar sombra para o crescimento da Khaya senegalensis, suprime as plantas daninhas e fixa nitrogênio no solo. (p. 70)
      • É recomendável fornecer uma sombra leve para mudas de até 2 meses de idade. (p. 70)
      • Plantar mudas com mais de 1,5m de altura para reduzir danos do pastejo. (p. 70)
      • Espaçamento normal de 4-5m x 4-5m. (p. 70)
    • Pragas e doenças (p. 71):
      • Broca-de-ponteiros (Hypsipyla robusta) - África
      • Lagartas cortadoras de folhas (Bourgognea microcera) - Burkina Faso
      • Sementes são atacadas por besouros broqueadores e comidas por roedores
      • Plantas jovens são comidas por herbívoros (gado, antílopes).
    • Utilizações da espécie (p. 72-73):
      • Madeira: carpintaria, navios, laminados decorativos, assoalhos, dormentes, polpa de celulose...
      • Casca: amarga; pode ser utilizada cozida ou macerada para febre da malária, problemas de estômago, analgésico, vermífugo, sífilis, desinfetante para inflamações e erupções da pele; fabricação de cerveja (em Camarões) e tingimento de tecidos (Gana).
      • Raiz: aplicadas para icterícia, dores de estômago, edema e amenorreia.
      • Sementes: o óleo das sementes pode servir para reumatismo, influenza e sífilis, cosméticos e cozimento de alimentos.
    • Crescimento e rotação: (p. 73):
      • Em condições favoráveis e sem sombra, as mudas atingem entre 0,5m e 1,2m após 2 anos.
      • As árvores podem começar a produzir sementes após um período de 20 a 25 anos.
      • Na natureza os ciclos de rotação levam de 80 a 100 anos. Em plantios manejados a rotação pode ser reduzida para 40 a 60 anos.
  • Khaya anthoteca A. Juss. (Welw.) C.DC.
    • Pode atingir de 40 a 65m de altura e diâmetro de 1,20m (DAP - diâmetro a altura do peito). (p. 77)
    • Pode apresentar fuste comercial sem ramificações até 30m de altura. (p. 77)
    • Bases com grandes sapopemas, elevadas cerca de 4m a 6m. (p. 77)
    • Necessita de solos férteis, profundos e com muita água. (p. 80)
    • 1000 sementes variam de 180g a 280g. Podem ser armazenadas por até um ano em local fresco e seco. Adição de cinzas pode evitar ataque de insetos no armazenamento. (p. 80)
    • Germinação em torno de 8 a 35 dias. As sementes devem ser cobertas com uma fina camada de solo. (p. 81)
    • Estaquia (p. 81)
      • na Indonésia foram conseguidas taxas de 75% de enraizamento, com aplicação de promotores de enraizamento.
    • Plantio (p. 81):
      • Na Costa do Marfim, em florestas degradadas ou secundárias, utilizou-se espaçamento para Khaya anthoteca, de 7m a 25m entre linhas e de 3m a 7m dentro da linha.
      • Plantios puros utilizaram espaçamento 3m x 3m.
    • Desbaste (p. 82):
      • Para um plantio de 1000 árvores/hectare, o primeiro desbaste ocorre quando as árvores atingem 15m de altura e 15cm de diâmetro (DAP), reduzindo a densidade para 400 a 500 árvores/hectare.
      • O segundo desbaste ocorre quando as árvores estiverem com 20m de altura e 20 cm de diâmetro, reduzindo a densidade para 200 a 250 árvores/hectare.
      • O terceiro desbaste ocorre quando as árvores estiverem com 25m de altura e 25cm de diâmetro, reduzindo a densidade para 125 a 150 árvores/hectare.
    • Pragas (p. 82):
      • Formigas saúvas (Atta spp.) e Quém-quém (Acromirmex spp.) atacam as folhas, ramos e brotos novos da planta.
    • Utilizações da espécie (p. 84-85):
      • Madeira: marcenaria, compensados, laminados, assoalhos, navios, entalhes, torneados, polpa de celulose, caixas acústicas de guitarra...
      • Casca: amarga; serve para tosses, febres, pneumonia, ferimentos, lesões.
      • Raiz: é utilizada na Tanzânia para anemia, disenteria e prolapso retal. O povo Shambaa usa como corante marrom-avermelhado.
    • Crescimento e rotação (p. 85-86):
      • Em Gana, após 2 anos e meio, as mudas atingiram 2,5m de altura e 4 a 4,5cm de diâmetro médio.
      • Na Costa do Marfim:
        • após 10 anos em áreas abertas, as árvores atingiram 12m de altura e diâmetro de 18,0cm.
        • após 8 anos em zona de floresta sempreverde, as árvores chegaram a 6,0m de altura e 9,0cm de diâmetro.
      • No Malawi, após 7 anos, as árvores atingiram 8,0m de altura e 9,0cm de diâmetro.
      • Árvores com 18cm de tronco podem produzir frutos. Mas acima de 70 cm de diâmetro a frutificação é abundante.
      • Um plantio com 30 anos de idade (em floresta natural) pode produzir de 2 a 4 metros cúbicos por hectare.
  • Khaya grandfoliola C.DC.
    • Pode ter até 40m de altura; com o tronco sem ramificações até 23m, normalmente retorcido ou inclinado no topo. (p. 88)
    • Troncos chegam a 200cm de diâmetro; sapopemas de até 3m de altura. (p. 89)
    • As sementes resistem a um período de até 4 meses antes de se tornarem inviáveis. 1000 sementes pesam de 200g a 300g. Podem ser guardadas em local fresco. Em Benim, após 4 meses, 76% das sementes germinaram. Para evitar ataques de insetos, usar cinzas no armazenamento. (p. 92)
    • 90% das sementes frescas germinam. A germinação pode levar de 10 a 35 dias. Recomenda-se sombra leve para as mudas com até 2 meses. (p. 92)
    • Pode-se plantar tocos, deixando de 2cm a 3cm de caule e de 25cm a 30cm de raiz. (p. 93)
    • Espaçamento de plantio de 2 a 4m x 2 a 4m. (p. 93)
    • Fungos micorrízicos endotróficos ajudam no crescimento das mudas (Endogone, por exemplo). (p. 93)
    • Na Costa do Marfim, Khaya grandfoliola é plantada à sombra de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit, que suprime plantas daninhas e fixa nitrogênio no solo. É necessário desbastar as árvores de sombra regularmente. (p. 93)
    • Manejo (p. 93-94):
      • Em um plantio de 1000 troncos por hectare, o primeiro desbaste ocorre quando as árvores alcançam 15m de altura e 15cm de diâmetro, reduzindo a densidade para 400 a 500 troncos por hectare.
      • Quando as árvores estiverem com 20m de altura e 20cm de diâmetro, a densidade é reduzida para 200 a 250 troncos por hectare.
      • Quando as árvores atingem 25m de altura e 25cm de diâmetro, reduz-se a densidade para 125 a 150 troncos por hectare.
      • Quando as árvores atingirem 30cm de diâmetro, reduz-se a densidade para 75 a 100 troncos por hectare.
      • Na África Tropical, a Khaya grandfoliola é plantada em conjunto com:
        • Milicia excelsa (Welw.) C. C. Berg.
        • Triplochiton scleroxylon K. Schum.
        • Gmelina arborea Roxb.
        • Margaritaria discoidea (Baill.) Webster.
      • Na natureza, o ciclo de rotação leva de 80 a 100 anos. Em plantios artificiais a rotação pode se dar de 40 a 60 anos.
      • Na África, os besouros de chifre comprido podem atacar as toras. O alburno costuma ser retirado para evitar ataques de besouros ambrosia.
      • Como as toras flutuam na água, podem ser transportadas pelos rios.
    • Utilizações (p. 96):
      • Madeira: marcenaria, carpintaria, assoalhos, lambris, embarcações, instrumentos musicais, polpa de celulose...
      • Casca: amarga; serve para febre da malária, problemas de estômago, dores pós-parto, doenças de pele...
      • Raiz: a casca da raiz é usada para gonorreia e doenças de pele.
    • Crescimento e rotação (p. 96-97):
      • Na Nigéria, após 4 anos de plantio as mudas atingiram 4,2m de altura e 7,0cm de tronco. Após 20 anos, a altura média era de 21m. Em floresta natural, árvores de 100 anos chegavam a diâmetros de 60cm a 70cm.
      • Na Costa do Marfim, após 10 anos, Khaya grandfoliola em clareiras de floresta semidecídua chegaram a 13,5m de altura e 17cm de diâmetro. Árvores plantadas em florestas sempreverde, após 8 anos, chegaram a 9,0m de altura e 11,5cm de diâmetro.


Lucas T R Freitas