O Brasil sofre com o problema dos altos impostos desde a época da colonização. A derrama, Tiradentes e companhia, que o digam.
Pagar, pagar, pagar. Isso tem sido a rotina do cidadão que quer se manter sob a lei. Paga-se, paga-se, e o montante segue para um mecanismo burocrático, cheio de obscuridades. A clareza realmente falta na destinação dos impostos.
O confisco fez parte da história do país com a chegada da corte portuguesa: casas foram tomadas como propriedade real, sem as devidas indenizações. E a população reagiu de que modo? Sempre passiva?
Atualmente temos graves problemas sociais: os salários são baixos, o desemprego é alto, os investimentos públicos são inadequados.
O dinheiro do BNDES foi destinado a empresas específicas ao invés de servir a todas as empresas de todos os setores em geral. Ao invés de beneficiar quem realmente atenderia os critérios de concessão de empréstimos, os beneficiários foram uma "panelinha" de setores que agradavam a quem estava no poder.
Outro grande e grave prejuízo recente foi a política de construção de PCHs, as pequenas centrais hidrelétricas. Prejudicaram gravemente o fluxo de diversos rios, e a biodiversidade. Quanta riqueza biológica foi perdida com a construção das PCHs por todo o país? Porque o dinheiro todo que foi enfiado na ideia das PCHs não foi investido em energia solar, eólica e maremotriz? Porque alguém achou que investir em energia solar é caro?
Precisamos usar melhor nossos talentos, nossos recursos. Precisamos pagar adequadamente os impostos, nem mais nem menos do que é necessário.
Como é que políticos têm poder para decidir sobre a criação de impostos e o aumento deles? E como é que eles têm poder para determinar os próprios salários? Essa é uma função técnica que não deveria de modo algum estar na decisão dos políticos.
Decisões técnicas devem ser tomadas por equipes técnicas. Quando se vai construir uma estrada, não é um político que deve escolher os materiais, mas sim uma equipe de engenheiros. Quando se vai determinar o trajeto da estrada, não são os políticos que devem determinar por onde ela deve passar, mas sim uma equipe de análise logística, composta por administradores, economistas, engenheiros, empresários e moradores da região, e demais profissionais qualificados para a viabilização da estrada.
Precisamos urgentemente dar mais valor aos bons profissionais e retirar o poder abusivo que os políticos têm no nosso dia a dia. Decisões técnicas não são decisões políticas.
Os políticos brasileiros erram muito, e nós pagamos o preço, em forma dos altos impostos. As obras consomem recursos duas a três vezes mais do que o necessário para serem feitas, e demoram duas a três vezes mais do que o prazo previsto, com frequência aqui no Brasil.
Abrir o mercado à concorrência estrangeira para as licitações irá baratear o custo de vida no Brasil. As obras públicas precisam ser realizadas por quem melhor sabe fazer no mundo, sejam alemães, japoneses, americanos ou brasileiros. A concorrência deve ser aberta ao mundo todo. Continuar com o clubinho de empresas brasileiras atuando é assumir uma sentença de custos altos e tecnologias ultrapassadas, mantendo altos os nossos impostos e baixas as qualidades das nossas obras públicas.
O interesse público deve prevalecer. E caso algum nacionalista pense que tudo deve ser feito aqui, convido à reflexão:
- seu carro é brasileiro? Ele não é Ford, VW, BMW, GM? Tem certeza que ele é brasileiro mesmo?
- seus antepassados eram brasileiros? Ou eram africanos, europeus, asiáticos, índios?
- seu mundo é globalizado? Ou você ainda vive na época em que o mundo era plano?
Avancemos rumo a um Brasil tecnológico, eficiente, e com impostos dignos.
Lucas Tiago Rodrigues de Freitas -- // -- Definite Chief Aim: "Viver tecnologicamente, cientificamente, trabalhando em parceria com Deus, melhorando o meio ambiente e gerando prosperidade."
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